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Chances de caso grave de covid-19 aumentam em pacientes pré-diabéticos

Pesquisadores brasileiros apontaram fatores em pacientes pré-diabéticos que agravam o caso de covid-19, principalmente durante o auge de infecção

Pesquisadores brasileiros apontaram fatores em pacientes pré-diabéticos que agravam o caso de covid-19, principalmente durante o auge de infecção
Chances de caso grave de covid-19 aumentam em pacientes pré-diabéticos – Pexels/Nataliya Vaitkevich

A partir da análise de biomarcadores sanguíneos, pesquisadores da Bahia revelaram que pacientes pré-diabéticos  acabam desenvolvendo casos graves de covid-19. O novo estudo, publicado na revista Frontiers in Endocrinologyalém disso, mostrou que o tempo de internação é maior dentre esses pacientes.

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Em uma comparação dos fatores sanguíneos de dois grupos, aqueles com pré-diabetes mellitus e aqueles que não possuem a doença, descobriu-se essa relação. Segundo a pesquisa, os que apresentavam quadros de diabetes tinham um tempo médio de internação de 15 dias; enquanto os não-diabéticos ficavam, em média, apenas 8 dias internados.

A descoberta mais significativa, no entanto, é em relação aos danos que o vírus causou nesses grupos. No segundo grupo investigado, apenas 56% precisaram de tratamento intensivo; ao passo que os com pré-diabetes mellitus chegaram a 78% dos casos. Os danos pulmonares em pré-diabéticos também foram mais severos.

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De acordo com as pesquisadoras responsáveis pelo estudo, essa relação entre casos graves de covid-19 e a pré-diabetes seria por conta dos níveis de IL-6. A Interleucina-6 é o mediador principal da resposta inflamatória da Síndrome da Tempestade de Citocinas.

Assim, percebeu-se que em 63% dos pré-diabéticos os níveis altos acabaram provocando os casos graves do vírus, mesmo não havendo outras grandes alterações em biomarcadores como o TNF – Alfa e o Leucotrieno B4.

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Por fim, o estudo ainda analisou os pacientes por mais de três meses após a infecção pelo coronavírus. E, apesar das diferenças durante o auge da doença no organismo, não surgiram apresentadas diferenças significativas entre os grupos após o fim da internação, nem em fatores laboratoriais, nem em relação a sintomas.