Avanço da cepa BA.2 pode estar relacionado com aumento dos casos de covid-19
Sequenciamentos de amostras de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro apresentaram a presença da subvariante BA.2 da Ômicron
Sequenciamentos de amostras de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro apresentaram a presença da subvariante BA.2 da Ômicron
Para quem pensa que a pandemia está acabada, a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, informou um cenário contrário. Em uma conferência nesta quinta-feira, 02, ela falou que o momento ainda é de alta transmissão de covid-19. Em maio, o próprio diretor-geral Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a pandemia da doença “certamente não acabou”.
Com o aumento de casos da doença no Brasil, cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) observaram que a subvariante BA.2 da Ômicron esteve presente em 100% de amostras sequenciadas nas cidades do Rio de Janeiro e Maricá. Conforme o boletim InfoGripe Fiocruz, quase 60% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda grave (SRAG) são representados por covid-19.
Como os resultados dos autotestes não são contabilizados nos registros oficiais de casos por covid-19, especialistas apontam que o número de infectados pode ser ainda maior. Conforme levantamento da Agência CNN, maio apresentou um salto da média móvel de casos pela doença. Enquanto entre os dias 15 a 21 de maio o número de casos chegou a 96.513, o período de 22 a 28 de maio atingiu o número de 166.777.
Embora os casos tenham aumentado, e a BA.2 pode estar por trás dessa elevação, maio foi o mês com menos mortes pela doença desde o início da pandemia no Brasil. Nísia Trindade, inclusive, destacou o avanço da vacinação e, consequentemente, os quadros graves e óbitos pela doença.