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Pai solteiro: é possível que o homem seja pai por produção independente? Sim!

Gestação monoparental masculina, para o homem solteiro que quer ser pai, requer doação de óvulos (de uma pessoa anônima), sêmen deste homem e útero solidário (de parente ou pessoa conhecida)

É possível que o homem solteiro seja pai por produção independente: entenda os cenários
É possível que o homem solteiro seja pai por produção independente: entenda os cenários – FREEPIK

A ideia daquela família tradicional de comercial de margarina ainda existe, mas outros modelos de família são bem mais comuns do que se pensa e foram conseguidos por meio de novas condições da ciência e por mudanças de pensamento na sociedade. “Hoje, temos grandes mudanças em relação aos modelos que tínhamos poucas décadas atrás. Uma possibilidade que se abriu é a de homens solteiros serem pais por produção independente, isto é, sem a necessidade de uma parceira. A produção independente já é muitas vezes conhecida quando feita por mulheres, quando elas usam um banco de sêmen para fazer tratamentos de reprodução assistida. Porém, de poucos anos para cá, passou a ser mais frequente a chamada produção independente masculina, que requer alguns cenários para que seja possível”, explica o Dr. Fernando Prado, especialista em Reprodução Humana, Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e diretor clínico da Neo Vita.

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Nestes casos, homens solteiros e que não possuem relacionamento estável optam por ter filhos de maneira independente.

Pai solteiro: como funciona, já que, obviamente, um homem não consegue engravidar?

“É muito simples: estes homens usam um tratamento chamado de barriga solidária ou cessão temporária de útero, como é conhecido tecnicamente. A pessoa que vai ser a barriga solidária precisa ser parente de até quarto grau do homem que está fazendo a produção independente. Mas mesmo em casos em que este homem não tenha nenhuma mulher parente que possa ajudá-lo com o tratamento, é possível que outras mulheres sem grau de parentesco também possam ser a sua barriga solidária. Então, quando não há grau de parentesco, é necessária uma autorização do Conselho Regional de Medicina. Esta deve ser solicitada pelo médico que está fazendo tratamento. Também para que a produção independente masculina deste homem aconteça, ele vai precisar de óvulos de uma doadora anônima. Vale ressaltar que os óvulos têm que ser de uma pessoa anônima, mas o útero deve ser de alguém conhecido”, diz o Dr. Fernando Prado.

Nessa situação, há o cenário completo: o sêmen deste homem que quer fazer produção independente, os óvulos de uma doadora anônima e o útero de uma pessoa que vai ser a barriga solidária. “Com esses três elementos em conjunto, conseguimos fazer a fertilização in vitro (FIV) do sêmen com os óvulos doados e, posteriormente, é feita transferência dos embriões para o útero da barriga solidária”, diz o médico. “A FIV consiste na coleta de óvulos e espermatozoides para serem fecundados em laboratório, formando o embrião que, após certo tempo de desenvolvimento, é transferido para o útero, nesse caso, solidário”, explica o médico.

“No Brasil, o tratamento por barriga solidária é permitido”

Ainda há grande desconhecimento sobre as possibilidades deste tratamento no Brasil, o que leva muitos homens a procurar assistência fora do país, o que além de tornar o processo muito mais caro, gera inseguranças jurídicas. O especialista enfatiza: “no Brasil, o tratamento por barriga solidária é permitido e regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina, além do Conselho Nacional de Justiça, que define a emissão da certidão de nascimento em nome do pai, sem a necessidade de qualquer ação judicial”.

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Ainda, o profissional destaca que este é um tratamento bastante particular, em que muitas questões éticas, legais e psicológicas estão envolvidas e que, portanto, tem uma especificidade que deve ser acompanhada com todo cuidado e atenção pela clínica responsável pelo tratamento. “O médico assistente deve estar treinado e habituado a lidar com esse cenário e dessa forma permitir que novas famílias possam ser construídas, com todo afeto e amor que se espera desse laço tão importante”, finaliza o médico especialista.

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FONTES:

*DR. FERNANDO PRADO: Médico ginecologista, obstetra e especialista em Reprodução Humana. É diretor clínico da Neo Vita e coordenador médico da Embriológica. Doutor pela Universidade Federal de São Paulo e pelo Imperial College London, de Londres – Reino Unido. Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo. É Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e da Sociedade Europeia de Reprodução Humana (ESHRE).

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Youtube: Neo Vita – Reprodução Humana.

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