Ponta caída, esqueletização e irregularidades são sinais de envelhecimento do nariz e podem afetar a função respiratória
A sustentação do nariz começa a ser perdida a partir dos 28 anos de idade
A sustentação do nariz começa a ser perdida a partir dos 28 anos de idade
Quando o assunto é processo de envelhecimento, o surgimento de manchas, flacidez e rugas ganham a maior parte da atenção. Porém, assim como todo corpo humano, o nariz também envelhece e com isso, ocorrem alterações na região que afetam diretamente à saúde e a estética. Essas mudanças já começam a acontecer por volta dos 28 anos e se intensificam aos 40, mas você sabe quais são e como elas impactam a qualidade de vida e a aparência?
Para entender melhor, o otorrinolaringologista e cirurgião crânio-maxilo-facial, Dr. Mário Ferraz, presidente da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face (ABCPF), explica três alterações no nariz com o passar dos anos.
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A partir dos 28 anos de idade, o nariz começa a perder a sustentação e, ao se aproximar dos 40, fica evidente a queda da ponta do nariz. “A ponta caída é um dos principais sinais do processo de envelhecimento e isso ocorre devido à perda de volume ósseo no meio da face, que afeta principalmente a região onde fica a espinha nasal, próximo ao septo. Com isso, o nariz é praticamente puxado para dentro e a ponta cai”, afirma Ferraz.
Segundo o médico, essa alteração também impacta a função do nariz. “A queda de ponta e da estrutura em si, pode levar a obstrução nasal e uma maior dificuldade de respiração”, diz ele.
O cirurgião destaca que ao “ser puxado para dentro”, o nariz não só cai, mas também apresenta um aspecto maior. “Com a diminuição dos compartimentos de gordura, aparece mais o dorso (giba) e a região fica mais longa em comparação ao rosto como um todo, que com o passar dos anos vai diminuindo. O nariz passa a ser mais agudo e com a ponta caída. Trata-se do chamado ‘nariz de bruxa'”.
Além disso, com o envelhecimento, também há a diminuição da sensibilidade na mucosa nasal. “Assim, sentimos menos o ar bater nas paredes do nariz e, consequentemente, há a percepção de que estamos respirando menos”, explica Ferraz.
De acordo com o médico, o envelhecimento também evidencia os defeitos e irregularidades do nariz. “A pele e tecidos moles se atrofiam. As cartilagens das pontas começam a cair devido ao afinamento do tecido mole, agravando defeitos em dorso e ponta nasal”, ressalta.
Há como reverter ou diminuir essas alterações?
Ferraz explica que o procedimento de rinoplastia é uma opção para quem deseja melhorar e rejuvenescer o nariz. “A rinoplastia ajuda a diminuir os sinais de envelhecimento e pode também trazer um aspecto mais jovial. No caso da ponta caída, é possível realizar uma rotação – arrebitação da ponta nasal – e com o ângulo nasolabial mais fundo, podemos trazê-lo mais para frente e eliminar as irregularidades”.
Sobre a fonte:
Dr. Mário Ferraz é médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP e tem residência em Otorrinolaringologia Cabeça e Pescoço pelo Hospital das Clínicas. Tem o título de especialista em Otorrinolaringologia e em Cirurgia Crânio-Maxilo-Facial.
O profissional é diplomado em cirurgia plástica e reconstrutora da face pela International Federation of Facial Plastic Surgery Societies (IFFPSS) e certificado pelo International Board of Certification in Facial Plastic and Reconstructive Surgery (IBCFPRS), sendo o terceiro brasileiro a obter tal certificação.
Presidente da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face, o Dr. Mário Ferraz é idealizador do curso Rhino Anatomy e também é responsável pela criação do Serviço de Cirurgia Plástica Facial da disciplina de otorrinolaringologia de cabeça e pescoço da Unicamp, onde atuou como coordenador entre os anos de 2009 e 2014.