Monkeypox, alergia, herpes ou picada de inseto? Saiba diferenciar os sintomas e erupções na pele

Diante dos alertas em relação à Monkeypox, Dra. Adriana Vilarinho esclarece as diferentes lesões que podem aparecer na pele e como identificar se é um dos sintomas da varíola dos macacos ou não

Monkeypox, alergia, herpes ou picada de inseto? Saiba diferenciar as irritações na pele
Monkeypox, alergia, herpes ou picada de inseto? Saiba diferenciar as irritações na pele – FREEPIK/ pch.vector

Alergias, picada de insetos e até Herpes-zoster, todas essas condições causam irritações na pele que podem se assemelhar às lesões causadas pela Monkeypox, também conhecida como varíola dos macacos.

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À Viva Saúde, a Dra. Adriana Vilarinho, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica a diferença entre cada uma dessas inflamações e reforça outros sintomas que merecem atenção.

Monkeypox? Saiba diferenciar as irritações na pele

A médica fala que, na varíola dos macacos, além das lesões na pele, alguns sintomas similares à gripe como cansaço, mal-estar geral e febre aparecem junto com o inchaço dos nódulos linfáticos. Em seguida, as erupções na pele começam vermelhas e sem volume, depois ganham volume e bolhas, antes de formarem as cascas.

“Os nódulos e caroços vermelhos, comuns da varíola dos macacos, formam bolhas com um fluido esbranquiçado parecido com pus que, posteriormente, formam cascas. Como podem ser confundidas com a catapora, alergias ou picadas, por exemplo, vale o alerta para identificar as lesões”, fala a médica.

Por onde começam as erupções?

Uma das diferenças é que as erupções causadas pela varíola dos macacos, normalmente, começam no rosto e depois se espalham pelos braços e pernas, mãos e pés, além do tronco corporal. “Por isso que qualquer alteração incomum ou lesões da pele, especialmente na área genital, precisa ser rapidamente investigada”, alerta a especialista.

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Como é difícil diferenciar os diversos tipos de erupções, Dra. Adriana deixa algumas lesões de pele comuns listadas abaixo para saber identificar cada uma delas.

Lesões comuns que podem aparecer na pele e como elas surgem

Alergia/urticária: são erupções vermelhas, que causam ardência e coceira e aparecem ou pela ingestão de certos alimentos ou o contato com certas plantas, substâncias químicas ou remédios.

Catapora: são irritações que coçam muito e passam por estágios similares à varíola dos macacos. Uma das características da catapora é apresentar lesões em vários estágios: bolinhas vermelhas, bolhas e lesões com crosta ao mesmo tempo. Vale ressaltar que é possível ter catapora mais de uma vez na vida.

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• Herpes-zóster: é a reativação do vírus da varicela, que também causa erupções e podem aparecer na forma de bolhas dolorosas.

Sarna: causam coceiras e vermelhidão e as erupções podem surgir em qualquer parte do corpo. Apesar de não ser grave, a sarna é muito contagiosa e precisa de tratamento.

• Picadas de insetos: as lesões são vermelhas, causam coceira e muitas vezes encontram-se alinhadas ou em grupos.

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DSTS: as mais comuns são a sífilis e a herpes genital. Em ambas, a lesão primária é uma úlcera. Na fase secundária são manchas acastanhadas ou avermelhadas. É importante fazer exames e começar o tratamento o mais rápido possível.

• Síndrome mão-pé-boca: é uma infecção viral transmitida pela tosse e por espirros, além de objetos contaminados, como talheres. A síndrome causa sintomas similares à gripe, além de feridas na boca e erupções vermelhas na palma das mãos e na sola dos pés, mas que, normalmente, cura-se sozinha.

ATENÇÃO AOS PRIMEIROS SINAIS

A médica ressalta ainda que, aos primeiros sinais suspeitos de sintomas de gripe, aliados a pústulas na pele de forma aguda e acompanhada por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, podendo chegar a 21 dias. O órgão ainda alerta que os casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos, como contato físico pele a pele ou com lesões na pele, contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas.

Lembrando que a transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo.

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Dra. Adriana Vilarinho

Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da AAD – Academia Americana de Dermatologia. CREMESP 78.300/ RQE — SP 27.614