Testículos podem ”reservar” o coronavírus por um longo período

Segundo pesquisadores, o coronavírus pode ficar presente nos testículos por semanas e prejudicar a saúde íntima masculina

Cientistas estudam relação do coronavírus com testículos – Freepik/benzoix

Os testículos podem servir como “reserva” para o coronavírus. É o que aponta uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em que, conforme os cientistas, o vírus pode ficar presente na região masculina por semanas, o que pode ser prejudicial para a saúde do homem.

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“Macrófagos e células espermatogoniais são os principais locais de hospedagem do SARS-CoV-2”, destacam os pesquisadores, no estudo. O vírus da doença é capaz de se hospedar nos testículos por 25 dias, região que os cientistas chegaram a chamar de “santuário viral”.

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CORONAVÍRUS NOS TESTÍCULOS PODE PROVOCAR FIBROSE, SEGUNDO ESTUDO

Publicado na plataforma medRxivum, o estudo ainda precisa ser revisado por pares, mas indica danos à saúde íntima masculina com a presença do vírus nos testículos. Conforme os pesquisadores, essa condição pode provocar fibrose – morte de células que originam espermatozoides -, além da diminuição dos níveis de testosterona em 30 vezes. Os pesquisadores apontam outros problemas, como inflamação e hemorragia evidente.

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“É importante ressaltar que nossos dados sugerem que os pacientes que ficam gravemente doentes apresentam danos graves e podem abrigar o vírus ativo nos testículos”, afirmam os pesquisadores. Essa análise foi realizada com 11 pacientes falecidos por covid-19 e em todos foi encontrada a presença do coronavírus na região. Segundo os pesquisadores, o próximo passo é a investigação de como os níveis moderado e leve da doença pode afetar a saúde íntima masculina.

 

 

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