Dia Mundial de Combate ao Câncer Infantojuvenil: diagnóstico precoce é um dos pilares para um tratamento eficaz
As chances de cura do Câncer Infantojuvenil chegam a 75% quando o diagnóstico é precoce
Há algumas semanas, o apresentador Tiago Leifert e sua esposa Daiana Garbin, falaram sobre a sua filha, Lua, que passa por uma quimioterapia para o retinoblastoma (que acomete a retina, o fundo do olho).
Em 2016, o cantor Michael Bublé disse que daria uma pausa em sua carreira para cuidar do filho Noah, diagnosticado com câncer de fígado aos 3 anos de idade. Em 2020, ele fez questão de contar que a doença estava em remissão.
Quem já passou por uma situação parecida foi a atriz Luiza Valdetaro, quando sua filha, Maria Luiza, enfrentou uma leucemia linfática aguda do tipo B. O ano era 2012 e a garota só tinha três anos. Hoje, Malu, como é chamada pela mãe, está curada.
O câncer infantojuvenil é um grupo de várias doenças que pode ocorrer em qualquer local do organismo por conta da proliferação descontrolada de células anormais. “Os tumores mais comuns são as leucemias, que afetam os glóbulos brancos, os do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático)”, enumera o oncopediatra Vicente Odone Filho, diretor clínico do ITACI – Instituto de Tratamento do Câncer Infantil, que completa. “Merecem atenção o neuroblastoma (ataca as células do sistema nervoso periférico, que se localizam no abdômen), o tumor de Wilms (renal), o retinoblastoma, o germinativo (das células que criaram os ovários ou os testículos), o osteossarcoma (ossos) e os sarcomas (acometem as partes moles).”
Câncer Infantojuvenil: A QUAIS SINTOMAS OS PAIS DEVEM SE ATENTAR?
Outra orientação do especialista é que pais e responsáveis fiquem atentos aos sintomas, que vão de palidez, dor óssea, hematomas, caroços, inchaços, perda de peso inexplicada, dores de cabeça ou nos membros, alterações oculares, febre e sudorese noturna.
15 de fevereiro é o dia mundial de conscientização do câncer infantojuvenil e o diagnóstico precoce é um dos pilares para um tratamento eficaz. “Não devemos ter medo de fazer o diagnóstico. Devemos pensar na possibilidade quando ela se justifica, fazer o encaminhamento o mais rápido possível e usar de toda a tecnologia moderna, para alcançar o melhor resultado”, alerta Dr. Vicente. As chances de vencer a doença para crianças e adolescentes é de 75%, quando o diagnóstico é precoce e o tratamento é realizado em centros especializados.
“Aliás, para planejar melhor esse tratamento, é necessário que a equipe médica avalie vários fatores, como a saúde da criança, o tipo de câncer, o estádio da doença, a idade. A partir daí é elaborado o protocolo com o tratamento e a duração. Dependendo da resposta do paciente, o médico pode alterar ou escolher outro plano”, informa o oncopediatra, que ainda sugere: “Não tenha medo de fazer perguntas para o médico. Neste momento, vocês devem estar envolvidos no tratamento do seu filho.”
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