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Xô, candidíase: como o uso do coletor menstrual pode ajudar no tratamento da doença

Published 10/11/2020

Coletor menstrual e candidíase - Divulgação - Inciclo

Não tem jeito: a maioria das mulheres vai ter candidíase pelo menos uma vez na vida.

É o que diz uma pesquisa do Ibope de 2020 em parceria com a farmacêutica Bayer: pelo menos 52% das brasileiras já tiveram a doença e ela atinge 3 em cada 4 mulheres. São números alarmantes! Mas, apesar de ser comum, a doença pode ser facilmente evitada com hábitos do dia a dia. 

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A candidíase acontece quando o fungo Candida se multiplica na região íntima. Isso normalmente ocorre quando o sistema imunológico se enfraquece ou após o uso prolongado de remédios que podem alterar a flora vaginal, como antibióticos, por exemplo.

Além disso, fatores como uso de absorventes descartáveis, alimentação inadequada, estresse, sono desregulado também influenciam no aparecimento da infecção.

Para fazer um tratamento adequado, é lógico que a melhor opção é procurar uma ginecologista de confiança! Mas dá para adotar algumas práticas que logo vão aliviar os sintomas e ajudar a tratar a candidíase de forma simples. 

A obstetriz, Mariana Betioli, indica: “É importante manter a vagina arejada. Pra fazer isso, devemos evitar usar roupas apertadas, como calças jeans e se possível, preferir sempre calcinhas de algodão. O ideal, inclusive é dormir sem roupa íntima para deixar a vulva ‘respirar’”.

Algo fundamental para ajudar no tratamento da candidíase é manter a região íntima limpinha. Só que há um porém: a limpeza não deve ser feita na parte interna. Deve-se lavar somente a vulva, que é a área externa.  

Outra dica bacana é evitar absorventes descartáveis e dar preferência aos coletores menstruais quando a menstruação descer.

Em estudo feito pela Inciclo, 60,7% das mulheres que usaram os coletores da marca relatam eliminação da infecção ou uma menor incidência da candidíase desde que começaram a usar o produto. 

Faz todo o sentido, já que os coletores são feitos com silicone hipoalergênico, um material sem corante e substâncias químicas, que evita irritações e dermatites na vulva. A vagina mantém seu pH equilibrado e sua umidade natural, deixando de acumular bactérias e fungos, ao contrário dos absorventes. 

Quando usamos absorventes externos, a região íntima fica abafada por muito tempo e em contato com o sangue em decomposição, aumentando o risco de infecções”, conta Mariana. “Bactérias e fungos adoram locais quentes e úmidos. São os melhores lugares para proliferação”.

A alimentação ainda pode ser uma grande aliada, de acordo com a obstetriz. “A cândida se alimenta de açúcar e carboidratos simples, então reduzir o consumo de farinha branca e doces certamente vai fazer diferença no tratamento”, destaca a profissional.

Vale lembrar que secreção vaginal é, – além de comum –, saudável e natural. Toda vagina produz. Só que o sinal de alerta precisa ser ligado se essa secreção vier junto de sintomas como coceira, vermelhidão, mau odor, secreção esverdeada, amarela ou branca que se parece com a textura de leite coalhado, dor ao urinar e por aí vai… Nesses casos, pode indicar infecção.

É por isso que o autoconhecimento é tão necessário, especialmente quando falamos de saúde íntima. Quando conhecemos as secreções naturais da vagina, suas texturas, cores e odores, saberemos quando algo estiver errado com corpo.

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