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Veneno na mesa? ANVISA libera uso de agrotóxico relacionado ao Mal de Parkinson

Published 09/10/2020

Toxicidade - Pixabay

Vai um veneno aí?

A ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, liberou na última quarta-feira, 7, o uso de um agrotóxico chamado paraquate, que é considerado um dos mais nocivos para a nossa saúde.

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Isso porque, em diversos estudos, o paraquate conseguiu ser associado a diagnósticos de Mal de Parkinson na população, além de ser muito tóxico para o meio-ambiente.

Por conta dos preocupantes estudos, em 2017, a mesma ANVISA proibiu o uso do agrotóxico, dando o prazo de três anos para que estudos e testes fossem feitos para contrapôr os dados, mas até agora nada foi mostrado.

Mesmo sem nenhum estudo que comprovasse que o agrotóxico não fazia, a Agência decidiu voltar atrás e liberar o uso dele em alimentos e em plantações. Grande parte dessa decisão vem do setro ruralista, que pressionou para que e medida fosse revogada.

A liberação desse pesticida coloca em risco toda uma cadeia produtiva. Sendo essa cadeia o meio ambiente, solo, água, fauna e flora, também como os trabalhadores que estão em contato com o veneno e o consumidor que leva à mesa um alimento envenenado.

O AGROTÓXICO NO MUNDO

O paraquate é um dos seis pesticidas mais vendidos no Brasil, porém, em vários lugares do mundo, esse veneno é proibido ou pode ser usado com inúmeras restrições. Ao todo o seu uso não é permitido em 50 países e é aceito em 13 países, mas com restrições.

Na União Europeia o uso do paraquate foi banido em 2003 e nos Estados Unidos, continua autorizado, mas está em reavaliação.

Na China, que costuma ter uma legislação ambiental mais permissiva, autoriza a produção mas somente para exportação, o uso é vetado no país há quatro anos.

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