Enquanto uma vacina da farmacêutica Moderna contra HIV está na fase 1, sendo aplicada em humanos, cientistas da Universidade de Oxford descreveram a descoberta de uma variante do vírus, na Holanda, que demonstra ser mais transmissível e agressiva. De acordo com dados do programa das Nações Unidas de combate à AIDS, a UNAIDS, são 37,5 milhões de pessoas portadoras do vírus HIV ao redor do mundo.
O estudo, publicado na revista Science, mostra que, em comparação com outras versões do vírus, essa variante possui uma potencialidade de levar maiores cargas virais para o sangue. Ainda, esse subtipo do HIV causa mais impacto nas células de defesa do corpo. Embora o anúncio sobre o vírus tenha sido feito nesta quinta-feira, 03, os pesquisadores destacaram que uma análise de sequenciamento genético apontou que a variante não é recente: os estudos indicam o seu surgimento por volta da década de 90.
Até o momento, o subtipo é chamado de variante VB, que significa variante virulenta do tipo B. Conforme o estudo, 109 pessoas foram diagnosticadas com a VB. Mas, quando se trata do HIV, a UNAIDS destacou que 6 milhões de pessoas sequer sabem que estão com o vírus. Agora, com a identificação de uma versão mais agressiva, os cientistas destacam a importância de testes da doença.
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A NOVA VARIANTE DO HIV É PREOCUPANTE?
O estudo indica que o tratamento de pessoas com a VB provocou uma melhora nas células de defesas dos portadores, levando, até mesmo, a taxas de mortalidades parecidas com as infecções por outros tipos do vírus HIV. À BBC, o pesquisador da Universidade de Oxford e um dos autores do estudo, Chris Wymant, destacou que a descoberta não é motivo para grandes preocupações, já que existem testes e tratamentos para HIV.
“A descoberta dessa variante reforça a importância de orientações que já existem: que os indivíduos com risco de contrair o HIV tenham acesso a testes regulares, permitindo o diagnóstico precoce, seguido de tratamento imediato”, disse o pesquisador em entrevista para a BBC.