Um tumor considerado raro e que afeta as células da parte do olho responsável pela nossa visão, a retina: essas características se tratam do retinoblastoma, câncer que ganhou mais atenção nos últimos dias, após Tiago Leifert e Daiana Garbin declararem que a filha de apenas 1 ano, Lua, foi diagnosticada com a doença.
Enquanto Lua está passando por sessões de quimioterapia, Leifert e Garbin revelaram o caso da filha como forma de conscientizar a população sobre a importância de checar a saúde ocular em crianças pequenas.
Neste domingo, 30, a Sociedade Brasileira De Oftalmologia Pediátrica (SBOP) e o Conselho Brasileiro De Oftalmologia (CBO) lançaram uma nota informativa sobre o retinoblastoma que, apesar de raro, ocorre com mais frequência entre o grupo infantil.
Em meio às informações e orientações sobre a doença, a SBOP e o CBO fizeram um alerta importante para casos de doenças nos olhos: “Confiem apenas nos cuidados oferecidos por médicos, em especial por oftalmologistas. Supostos tratamentos, como “self-healing” ou prática de exercícios oculares, não têm comprovação científica. Portanto, eles não servem para curar o retinoblastoma ou qualquer outra doença que afeta o aparelho da visão”. O aviso também serve para condições como glaucoma e catarata, por exemplo.
Na nota, os membros da sociedade e do conselho enfatizaram que esses métodos sem eficácia podem, até mesmo, causar a perda parcial ou total da visão e comprometer a própria vida do paciente.
TESTE DO OLHINHO É UM DOS PONTOS IMPORTANTES
Dentre as recomendações, os especialistas citam a importância do Teste do Olhinho, que é feito nas primeiras 72h de vida do bebê. “Após essa abordagem inicial, o Teste do Olhinho deve ser repetido pelo pediatra ao menos três vezes ao ano, nos três primeiros anos de vida da criança”.
Assim como Tiago Leifert e Daiana Garbin falaram sobre a necessidade de levar crianças pequenas ao oftalmologista, os especialistas também citaram essa questão como um dos pontos importantes para a saúde de uma criança. “Para ampliar a proteção da saúde ocular das crianças, recomenda-se, ainda, que bebês de seis a 12 meses passem por um exame oftalmológico completo. Posteriormente, entre três (idealmente) e cinco anos esse mesmo bebê deve ser submetido a uma segunda avaliação oftalmológica”.
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CASO DE RETINOBLASTOMA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTOS
Todos esses passos são importantes para um diagnóstico precoce de um retinoblastoma, por exemplo. Como Leifert e Garbin – assim como muitos outros pais e responsáveis – não sabiam muito bem sobre a necessidade de um bebê ter acompanhamento oftalmológico, o tumor em Lua foi descoberto em um estágio mais avançado.
Mas, quando há a confirmação da doença, os especialista destacam que o tratamento irá depender de fatores como: “Localização e o tamanho do tumor, disseminação além do olho e possibilidade de preservação da visão”. Dependendo de cada avaliação, há tratamentos como quimioterapia, terapia focal e procedimentos cirúrgicos.
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Conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o retinoblastoma costuma acometer crianças menores de 5 anos. Os sintomas são:
- Reflexo brilhante no olho acometido pelo tumor, semelhante à iluminação nos olhos de um gato durante a noite;
- Estrabismo, ou seja, a criança pode ficar vesga;
- Dor e inchaço nos olhos ou perda da visão.
Diante do tema, a SBOP disponibilizou um site informativo sobre a enfermidade: https://sbop.com.br/retinoblastoma/.