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Saúde íntima: obstetriz lista 6 produtos que você deve manter longe da sua vagina

A obstetriz Mariana Betioli apontou seis produtos que fazem mal para a região íntima e devem ser evitados

Especialista listou os principais produtos que precisam ser evitado pelas mulheres – Pexels/ Cliff Booth

Alguns produtos que fazem parte do dia a dia parecem inofensivos, mas podem afetar a saúde íntima, interferir no prazer sexual, causar infecções e trazer muita dor de cabeça a longo prazo. Para ajudar a manter a vagina sempre saudável e bem cuidada, Mariana Betioli, obstetriz, lista seis itens que devem ser mantidos longe da sua região íntima.

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1. Sabonetes 

De acordo com Mariana, não devemos lavar a vagina com sabonetes comuns para não causar irritação e desequilibrar o pH. “Algo fundamental para ajudar na saúde íntima é limpar a região do jeito certo. Só que a limpeza nunca deve ser feita na parte interna, a vagina, que é autolimpante. A pessoa precisa lavar somente a vulva, que é a área externa. Só com água e os dedos, já é possível limpar bem entre os lábios internos e externos”, recomenda.  

“Sabonete na vagina jamais! Se quiser, dá para usar um pouquinho de sabonete na vulva e na parte do monte de vênus, onde nascem os pêlos. Após a limpeza, é só enxaguar bem para tirar todo o sabonete e secar direitinho”, orienta. “Mas é importante usar sabonetes neutros. Aqueles de glicerina ou feitos para os bebês são os mais indicados.”, destacou

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2. Duchas

Ao mesmo tempo que é essencial higienizar a região íntima, essa limpeza não deve ser feita em excesso. A profissional explica que duchas vaginais, por exemplo, retiram a proteção da vagina. 

“Ao fazer a ducha, desequilibramos a flora vaginal e ainda levamos bactérias da vulva para dentro da vagina, favorecendo com isso o surgimento de vários problemas de saúde”, aponta. Para ela, esse tipo de prática tem a ver com o mito de que a vagina tem um cheiro ruim e precisa ser lavada a todo momento.

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“A vagina é constantemente associada ao odor de peixe. Não é coincidência você ir na farmácia e ter uma prateleira cheia de produtos de higiene íntima feminina, com aroma de flores e doces. Não existe nada parecido para a higiene íntima dos homens porque é algo culturalmente enraizado”, afirma. “A região tem sim um odor particular, mas ele é absolutamente normal. Você só deve se preocupar quando ele for muito forte e acompanhado de coceira ou ardor. O mesmo vale para a ocorrência de corrimentos”, acrescenta.

3. Calcinhas de tecido sintético

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Renda, elastano, lycra e microfibra estão entre os materiais mais usados na fabricação de roupas íntimas. Mas atenção: nem todos são recomendados. Por abafarem a região, os tecidos sintéticos não são os maiores aliados de sua vagina. 

“É importante manter a vulva arejada. Portanto, devemos evitar usar roupas apertadas, como calças jeans e se possível, preferir sempre calcinhas de algodão ou tecido respirável para ajudar na transpiração da região”, ressalta. E para quem tem problemas maiores com umidade, dormir sem calcinha ajuda bastante. “O hábito melhora a ventilação, evitando o acúmulo de fungos e o surgimento de casos de candidíase, por exemplo.”

4. Absorventes descartáveis 

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Além disso, segundo Mariana, o coletor menstrual, o absorvente de pano e a calcinha absorvente são opções mais saudáveis para a região íntima em relação aos absorventes descartáveis. 

Os modelos mais populares do mercado – os absorventes descartáveis externo e interno – não são os mais indicados. O absorvente externo, assim como o protetor diário, possui camadas plásticas que não permitem a passagem de ar, criando um ambiente úmido e quente. Junto a isso, o sangue que fica em contato com a vulva começa a entrar em decomposição, o que também aumenta o risco de problemas”, afirma. 

“Já os absorventes internos, quando inseridos no canal vaginal, acabam sugando não só o sangue, mas também toda a umidade da vagina, favorecendo a proliferação de bactérias indesejadas”, disse

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Como o coletor menstrual é feito de silicone hipoalergênico, um material inerte e sem substâncias químicas, ele é benéfico para a saúde feminina, assim como os modelos de calcinhas absorventes e absorventes de pano que possuem tecidos respiráveis com tratamento antimicrobiano.

5. Comida

Sexo com doces  pode até ser divertido como nos filmes, mas o preço que pagamos depois pode não compensar. Sorvete, chantilly, leite condensado, chocolate, vegetais, legumes ou qualquer outra comida não devem ser introduzidos ou passados na vagina.  

“Sabemos que durante a relação sexual, as pessoas buscam inúmeras formas de se estimular e tornar a transa diferente. Mas, ao usar alimentos que (certamente) não foram feitos para a prática, você cria um risco de contaminação. As consequências disso são diversas, como possíveis reações alérgicas e mais infecções vaginais”, completou

6. Químicos em geral
Desodorantes, lenços umedecidos, hidratantes, lubrificantes cheios de químicos. Todos esses produtos, quando inseridos na vagina, podem causar irritações e até dermatite na vagina. 

“O uso desses itens não é benéfico. A vulva é muito delicada e tem uma fina camada gordurosa protetora que o lenço umedecido, por exemplo, acaba removendo, o que pode ressecar, irritar, causar coceiras e corrimentos incomuns. Químicos, de forma geral, são inimigos de uma boa saúde íntima.”

Além disso, segundo Mariana, é fundamental conhecer o seu próprio corpo, até para observar padrões e perceber quando algo não vai bem. “A saúde da mulher como um todo ainda é rodeada de tabus, e é necessário desconstruir isso. Não deixe de se consultar com uma ginecologista de confiança, fazer exames regulares e acompanhar de perto a sua saúde íntima”, conclui a especialista.