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Quais são os fatores que podem estar relacionados a prevalência da Esclerose Múltipla em mulheres?

Especialista indica os três principais fatores de risco que podem ser responsáveis pelo maior número de casos de Esclerose Múltipla no sexo feminino

Quais são os fatores que podem estar relacionados a prevalência da Esclerose Múltipla em mulheres?
Quais são os fatores que podem estar relacionados a prevalência da Esclerose Múltipla em mulheres? – Foto: Freepik

A maioria das doenças autoimunes têm o diagnóstico mais frequente em mulheres, e na Esclerose Múltipla isso não é diferente. Estima-se que cerca de 70% dos casos registrados da doença seja no público feminino.

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A condição é uma doença rara e autoimune, em que o sistema imunológico agride os neurônios, afetando a estrutura e o funcionamento dessas células que são essenciais para o bom funcionamento do corpo humano. A doença é mais frequente em pessoas jovens, entre os 20 e 30 anos.

Fatores que podem estar relacionados a prevalência da Esclerose Múltipla em mulheres

Alguns fatores podem estar ligados ao aparecimento mais recorrente no sexo feminino. Para o neurologista e presidente do Comitê Brasileiro de Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla (BCTRIMS), Jefferson Becker, um dos possíveis motivos para que as doenças autoimunes estejam mais presentes na vida das mulheres, pode estar ligada diretamente à gestação.

“Didaticamente, como a mulher é preparada para gestar, mesmo que o bebê se desenvolva dentro dela, é um corpo estranho, o que faz com que o organismo diminua a imunidade para evitar um aborto espontâneo. Mesmo que a mulher seja preparada para esse momento, essa adaptação para uma mudança significativa no sistema imunológico pode se tornar um gatilho para o aparecimento dos primeiros surtos de doenças autoimunes em mulheres, como a Esclerose Múltipla”, relata o especialista.

O desenvolvimento da doença também pode estar conectado à genética. Isso porque alguns casos já foram constatados na mesma família.

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“Para aqueles que têm uma predisposição e já contam com algum caso da doença na família, é necessário ficar atento e tomar alguns cuidados, tais como não se expor ao tabagismo (ativo e passivo), evitar obesidade e realizar exames periodicamente para que possam ser detectadas a falta de alguma vitamina. Afinal, o descobrimento precoce da doença é fundamental para que os tratamentos já disponíveis consigam auxiliar na dor e na prevenção do aparecimento de novos surtos”, alerta o médico.

Como citado pelo especialista, a ausência de algumas vitaminas também pode ser um dos motivos para a manifestação da EM.

“Como a Esclerose Múltipla é uma doença que não tem cura, podemos tomar algumas medidas para retardar o aparecimento naquelas pessoas que já tem uma tendência a desenvolver a doença. Uma destas ações é repor as vitaminas que estão em falta no organismo. A vitamina D, por exemplo, é uma das principais, pois auxilia na boa saúde óssea, que costuma ser fortemente atingida com os surtos da doença, além da imunidade, peça fundamental para auxiliar no tratamento e controle do avanço da doença no organismo”, completa Jefferson Becker.

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Portanto, realizar exames periódicos que consigam detectar a falta de algum nutriente é extremamente importante. O médico também alerta que, ao sentir algum dos sintomas da doença, é essencial procurar um neurologista para investigar a fundo o quadro.