Planeja ter filhos? Suba na balança! Entenda como o excesso de peso interfere na fertilidade
A gordura em excesso pode atrapalhar e desregular totalmente o ciclo menstrual e acarretar um aumento da produção de estrogênio, contribuindo desta maneira com os distúrbios da ovulação
A decisão de aumentar a família traz consigo a responsabilidade de preparar o “terreno” para a chegada do bebê e engana-se quem pensa que abandonar a pílula seja o único fator para conquistar o tão sonhado positivo!
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Ficar de olho no ponteiro da balança também é necessário. Isso porque o peso influencia diretamente na fertilidade. Mudanças na alimentação podem equilibrar o funcionamento de todo o organismo, tornando o casal mais fértil e o organismo da mulher mais preparado para uma gestação saudável.
A gordura em excesso pode atrapalhar e desregular totalmente o ciclo menstrual e acarretar um aumento da produção de estrogênio, contribuindo desta maneira com os distúrbios da ovulação.
A endocrinologista e autora do livro “Start para o Bem Estar”, Denise Portugal, explicou como é o metabolismo da mulher que tem um ciclo anovulatório.
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“Pode sim ocorrer uma anovulação crônica em mulheres com sobrepeso e obesidade, devido à elevada atividade metabólica do tecido adiposo. A capacidade de fertilização/maturação/implantação está prejudicada e, ao que se acredita a ação do estresse oxidativo, citocinas pró-inflamatórias e a inflamação crônica são as causas desses distúrbios. O tecido adiposo libera essas citocinas pró-inflamatórias. Quanto mais tecido adiposo, maior risco inflamatório e maior estresse oxidativo. No ciclo anovulatório, ocorre uma ausência de ovulação cíclica e frequente (anovulação crônica). O endocrinologista e o ginecologista fazem uma boa parceria para esse tipo de problema”, disse.
Outro problema em estar acima do peso é desenvolver resistência à insulina. Além de ter mais chances de desenvolver diabetes tipo 2. A condição afeta a produção de hormônios e prejudica a ovulação. Por isso, criar novos hábitos é essencial para a chegada do filho. Uma alimentação equilibrada por ser um bom aliado nesse processo.
“É possível que a perda de peso melhore e muito esse quadro, quando o mesmo não está associado a nenhum outro problema, como a SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos), pois em muitas situações existe a necessidade de intervenção medicamentosa. Suplementação só será necessária se a alimentação não estiver equilibrada. E, uma dieta equilibrada é aquela baseada em comida de verdade, rica em verduras, legumes, frutas e proteínas. Diminuir produtos industrializados como biscoitos e comidas congeladas ajudará muito”, aconselhou Portugal.
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Paciência e observação
Nada está perdido – A endocrinologista lembrou ainda que não é porque o casal não conseguiu engravidar em dois meses que a mulher tem que ser considerada infértil. Segundo ela, é necessário ter paciência e observação.
“A infertilidade tem como definição a ausência de gravidez depois de um ano de relações sexuais regulares sem uso de contraceptivos, para mulheres abaixo de 35 anos, e a partir do sexto mês de tentativa de concepção, para as com 35 ou mais anos de idade”, falou.
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Outro ponto a ser discutido é porque a fertilidade também pode ser causada por diversos fatores, como transtornos hipotalâmicos, tireoideanos pituitários, ovarianos adrenais, consumo de drogas, idade avançada e obesidade.
“Portanto, a obesidade está entre os fatores a ser estudado de anovulação, porém nada está perdido. Uma boa reeducação alimentar, exercícios e uma correta orientação pode mudar a vida de um casal que quer aumentar a família”, finalizou.
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