O que as mulheres devem saber sobre câncer? Oncologistas alertam
Em entrevista à TV CARAS, oncologistas explicam a necessidade de conscientizar a população sobre a prevenção do câncer na saúde feminina

Em entrevista à TV CARAS, oncologistas explicam a necessidade de conscientizar a população sobre a prevenção do câncer na saúde feminina
Março Lilás e Outubro Rosa são meses significativos para a saúde das mulheres e para o combate ao câncer: março traz o alerta para a importância da conscientização sobre o que atinge o colo do útero. Já outubro, alerta para o de mama, o mais comum entre as mulheres.
“Estes meses são fundamentais pra gente trazer o que é mais relevante pra mulher e qual o programa de prevenção e rastreio que todas nós devemos seguir, No entanto, a atenção aos sintomas devem ser constantes”, diz a oncologista Andréa Gadelha, presidente do Grupo EVA (Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos), em entrevista à CARAS Brasil.
“Aquela mulher que tem histórico na família deve ficar atenta, pois pode ter um risco maior”, afirma.
É importante ressaltar que, para todos estes tumores, existem estratégias que podem ajudar a reduzir o risco e a ampliar o acesso ao diagnóstico precoce. Segundo a oncologista Angélica Nogueira, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), “Quanto mais cedo for o diagnóstico, maiores são as chances de um tratamento bem-sucedido e da cura. Informação é poder.”
As médicas afirmam que abrir este diálogo é de extrema importância. Assim, é possível ampliar o conhecimento sobre o tema às mulheres, independente de idade ou classe social. “Sabemos que conhecimento é poder. A informação é nossa melhor aliada quando o assunto é prevenção”.
Os tumores mais prevalentes em mulheres são: Mama (30% do total de tumores), Cólon e Reto (9,7%), Colo do Útero (7%) e Pulmão (6%). O objetivo é detectar o quanto antes para aumentar as chances de recuperação sem sequelas.
De acordo com projeções do INCA, estima-se que 75 mil novos diagnósticos de câncer de mama ocorram em 2025. Portanto, a detecção precoce ocorre por meio da mamografia, um dos principais exames que pode revelar sinais da doença. Já o tumor que acomete o colo de útero é como o terceiro tumor maligno mais frequente entre as mulheres no Brasil. São mais de 17 mil casos por ano.
“Essa é uma realidade difícil porque há muitos outros tumores ginecológicos relacionados ao vírus HPV, não apenas no colo do útero, que poderiam ser prevenidos. A incidência e a mortalidade desta doença, relacionada a baixa prevenção ao HPV, baixa adesão aos métodos de rastreio e diagnóstico tardio permanecem preocupando”, conclui Dra. Andréa.