Hipotireoidismo: conheça os alimentos que ajudam no funcionamento da tireoide
Especialista explica a doença que acometeu a cantora Kelly Key e a fez perder 15 quilos após o tratamento para regular o trabalho dessa glândula
Especialista explica a doença que acometeu a cantora Kelly Key e a fez perder 15 quilos após o tratamento para regular o trabalho dessa glândula
Enquanto algumas atrizes globais como Juliana Paes, Grazi Massafera e Marina Ruy Barbosa admitem que ganharam alguns kilinhos durante a quarentena, a cantora Kelly Key contou que perdeu 15 quilos durante o período de isolamento.
Kelly descobriu um hipotireoidismo, doença que desregula o nível hormonal da tireoide, glândula localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão, que tem funções importantes em órgãos como o coração, o cérebro, o fígado e os rins.
O QUE É O HIPOTIREOIDISMO
De acordo com o endocrinologista Fabricio Siano, o hipotireoidismo é uma disfunção na tireoide, que se caracteriza pela queda na produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). O mau desempenho dessa glândula repercute em todo o organismo, interferindo nos batimentos cardíacos, no ritmo do intestino, no humor e no ciclo menstrual das mulheres. A liberação das substâncias tireoide é orquestrada a partir da hipófise, estrutura que fica lá no cérebro.
“O hipotireoidismo costuma ser associado a um leve ganho de peso, eminentemente por causa do acúmulo de líquidos, além de ganho de peso repentino e dificuldade para emagrecer. Por isso, a Kelly Key perdeu tanto peso após tratar a doença”, explica.
Segundo o médico, no déficit de T3 e T4, o coração diminui o bombeamento de sangue e pode sofrer com uma insuficiência cardíaca. Os rins não conseguem filtrar o líquido vermelho direito. O intestino fica mais lento e a pele resseca. Os olhos, por sua vez, correm um sério risco de glaucoma.
“Outros sintomas como sonolência, cansaço, pele seca, queda de cabelo, sensação de frio excessivo e perda de memória podem se manifestar em quem tem hipotireoidismo. Mulheres com mais de 30 anos e predisposição genética tendem a ter um fator de risco maior, além do diabetes e da menopausa”, ressalta Fabricio Siano.
PREVENÇÃO
Uma forma de prevenção do hipotireoidismo é a ingestão adequada de iodo, fundamental na formação dos hormônios T3 e T4. Para o endocrinologista, cerca de 150 microgramas do mineral é a quantidade perfeita para resguardar a tireoide.
“O composto está presente no sal de cozinha, nos frutos do mar e em peixes como cavala, salmão, pescada e bacalhau. Mas exagerar no sal ou no consumo desses alimentos impacta a glândula e pode desencadear a doença ao invés de preveni-la. Para quem já sofre com os efeitos do descontrole hormonal, a recomendação na alimentação é maneirar em vegetais como repolho, nabo e couve, que contêm uma substância chamada tiocianato, que pode inibir o trabalho da tireoide”, diz.
No exame clínico, o endocrinologista apalpa o pescoço para ver se há alguma alteração na tireoide. Porém, para confirmar se a glândula está trabalhando lentamente, é preciso fazer um exame de sangue. O teste consegue medir as dosagens de T3 e T4.
“As quedas hormonais, às vezes, não são perceptíveis no início do quadro. O exame que conclui o diagnóstico é o que mede o TSH, o hormônio da hipófise. Se houver uma alteração muito elevada, é sinal de problema”, observa o médico.
Quando a produção da tireoide está baixa, é necessário fazer a reposição com uma versão sintética do hormônio T4. No organismo, ele é convertido em T3 para agir nas células. A dose vai depender do grau de desequilíbrio na glândula.
“O ajuste hormonal não é fácil e sempre vai variar de paciente para paciente. Por isso não se pode usar o medicamento sem a indicação de um endocrinologista. A recomendação é buscar um especialista de confiança para o tratamento”, finaliza o endocrinologista.
Confira os alimentos que ajudam no funcionamento da tireoide:
– Algas marinhas
– Castanha do Pará
– Quinoa
– Óleo de peixe (Ômega 3)
– Leites e derivados
– Gema de ovo
– Carne vermelha
– Laranja
– Frutos do mar