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Estudos sobre o cérebro sofrem com poucos participantes, segundo cientistas

Estudos sobre o cérebro com uma participação pequena de pessoas prejudica os resultados da pesquisa, conforme apontam os cientistas

Cientistas falam sobre poucos dados para estudos do cérebro humano – Unsplash/Robina Weermeijer

Para estudos sobre o cérebro humano é preciso a participação de milhares de pessoas, mas não é isso que costuma ocorrer, o que prejudica os trabalhos sobre o órgão. Essa é uma análise feita por cientistas da Washington University in St. Louis, nos Estados Unidos. “Um desafio primário tem sido a replicação de associações entre diferenças interindividuais na estrutura ou função cerebral e fenótipos complexos de saúde mental ou cognitiva”, destacaram os pesquisadores, em artigo.

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Para chegarem a conclusão da falta de dados, os pesquisadores analisaram três estudos que estão em andamento que se baseiam na neuroimagem. Conforme os cientistas, os resultados foram prejudicados por conta de uma amostragem pequena. No artigo, foi destacado que os estudos de associação do cérebro resultaram em “estudos estatisticamente insuficientes, tamanhos de efeito inflados e falhas de replicação em tamanhos de amostra típicos”.

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ESTUDOS DO CÉREBRO HUMANO SOBRE SAÚDE MENTAL TÊM, EM MÉDIA, 23 PARTICIPANTES

A quantidade de pessoas em estudos sobre o cérebro humano está longe do ideal. Ao The New York Times, o neurologista da Escola de Medicina da Universidade de Washington e um dos autores do artigo, Dr. Nico Dosenbach, disse que a média de participantes em estudos relacionados à saúde mental é de 23 pessoas

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No artigo publicado na revista científica Nature na última quarta-feira, 16, os pesquisadores observaram que os resultados de pesquisas com uma amostragem maior de participantes foram mais consistentes. “Associações cérebro-fenótipo menores do que o esperado e variabilidade entre subamostras populacionais podem explicar falhas generalizadas”, destacaram, no texto.