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Estudo explica se varíola dos macacos é transmitida em contato com superfícies

Published 08/07/2022
Cientistas falam sobre infecção de varíola dos macacos por superfícies

Cientistas falam sobre infecção de varíola dos macacos por superfícies - Unsplash/CDC

Em menos de um mês desde o primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil, o país já registrou mais de 100 diagnósticos da doença. Em meio a esse novo surto, cientistas buscam entender como a enfermidade se comporta como, por exemplo, a contaminação. Foi nesse sentido que pesquisadores alemães realizaram um estudo sobre se o contato com superfícies provoca infecções.

CIENTISTAS CONSTATAM QUE CONTAMINAÇÃO EM SUPERFÍCIES AINDA É RARA

Em comunicado, publicado no dia 01 de julho, os cientistas destacam que casos de contaminação por superfícies em ambientes ainda são raros. Para chegarem a esse resultado, os pesquisadores realizaram um teste com pacientes infectados que tocaram regiões como alavancas, lavatórios, sanitários e, até mesmo, toalhas e fronhas.

A partir disso, foi sim detectada uma contaminação viral nessas áreas. Mas, o que os cientistas analisaram é que para uma infecção, seria preciso uma dose maior de vírus da varíola dos macacos – responsável pelo atual surto – do que o vírus só da varíola.

“Apesar da alta contaminação, bem como a recuperação bem-sucedida do vírus da varíola dos macacos, nossos achados não provam que a infecção possa ocorrer a partir do contato com essas superfícies”, destacaram os pesquisadores. Ainda, eles relataram que uma detecção viral por PCR “não pode ser equiparada a vírus infecciosos”.

Ainda é preciso estudos mais aprofundados para respostas mais conclusivas, e mesmo com os achados, os pesquisadores ressaltam a importância da higienização dos ambientes. “A desinfecção regular dos pontos de contato frequentes das mãos e da pele durante os processos de atendimento, além da limpeza regular da sala e da desinfecção de superfícies, usando produtos com pelo menos atividade virucida contra vírus envelopados, pode reduzir o vírus infeccioso nas superfícies e, assim, arriscar de transmissão nosocomial”.

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