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Estudo comprova que trabalho em excesso mata 745 mil pessoas por ano no mundo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu que os empregadores ao redor do mundo cuidem de seus funcionários e não permitam o exagero de mais de 55 horas semanais trabalhadas

Cuidado! Jornadas de trabalho muito longas podem ser prejudiciais – Freepik

Quando pensamos em longas jornadas de trabalho, pensamos em cansaço, estresse, ansiedade, problemas nas costas… Mas as consequências do exagero do trabalho podem ir muito além das questões mentais ou das dores causadas por uma cadeira desconfortável.

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De acordo com um estudo publicado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), feito em parceria com a a OIT (Organização Internacional do Trabalho), trabalhar acima de 55 horas semanais está causando mortes e a tendência é que esse número aumente ainda mais por conta da pandemia. 

Foi por isso que no dia 17 de maio, a OMS emitiu um comunicado pedindo aos empregadores e governos que limitem as horas de trabalho a fim de proteger a saúde dos funcionários.

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O primeiro estudo global do tipo, que abrangeu dados de 2000 a 2016, mostra que 745 mil pessoas morreram, por ano, de derrame e doenças cardíacas relacionadas às jornadas extensas de trabalho, sendo que os homens representam a maioria esmagadora dessas mortes — quase três quartos.

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A Dra. Maria Neira, diretora do Departamento de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saúde da OMS, disse que a pesquisa mostra claramente que muitas horas de trabalho são “um sério risco à saúde” e aumentam em 35% as chances de AVC (acidente vascular cerebral) e em 17% as de doenças cardíacas em comparação às pessoas que trabalham de 35 a 40 horas semanais.

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O Brasil está na faixa de países que têm até 4% da população exposta a longas jornadas de trabalho e isso nos coloca entre os países com as menores taxas. Nos lugares em que o problema é mais grave, como no Sudeste Asiático e no Pacífico Ocidental, por exemplo, o percentual chega a 33%.

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O diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu aos empregadores e aos governos que trabalhem juntos, porque “nenhum trabalho vale o risco de derrame ou doença cardíaca”.