Entenda como teorias da conspiração estão aumentando os casos de Covid-19 na Coréia do Sul
O país asiático, que era tido como exemplo no combate do vírus, está tendo um retomada nos altos números por conta da desinformação

O país asiático, que era tido como exemplo no combate do vírus, está tendo um retomada nos altos números por conta da desinformação
A Coréia do Sul está sentindo na pele os níveis em que a desinformação e as fakes news podem levar.
O país asiático é tido como um dos melhores no combate ao novo coronavírus, implementando o isolamento social e a testagem em massa, o que controlou rapidamente a situação.
Porém, uma nova onda de surtos está circulando por conta de desinformações e teorias da conspiração, que afirmam que o vírus teria sido criado em laboratório e implantando para obrigar as pessoas a ficarem em casa.
+++VEJA MAIS: Imunidade das mulheres é mais eficiente à Covid-19, aponta pesquisa americana
Por mais bizarra que seja essa “teoria”, adeptos da Igreja Sarang Jeil, uma Igreja Presbeteriana, ligada com a direita política, acreditaram e, desde o começo da pandemia, lutaram contra as medidas de prevenção, afirmando de que era se tratava de uma farsa.
Mas o que essa nova onda e os adeptos da Igreja tem em comum? A maioria nos “novos infectados” são os frequentadores da Igreja.
Esse grupo de fiéis se reuniam, em protesto, em Seoul, todos os sábados, em protesto às medidas de proteção e gritavam palavras de ordem contra o líder Moon Jae-in, dizendo que ele é um “comunista fantoche da China e da Coreia do Norte“.
Nem mesmo essa onda de contaminados dentro de sua comunidade fez com que os fiéis parassem com os atos. Os diagnósticos alimentaram uma segunda teoria de que o presidente sul-coreano teria infectado, propositalmente, a Igreja, como uma forma de acabar com os protestos. Jun Kwang-hoon, líder espiritual, chegou a publicar um vídeo no Youtube, no qual chama a Covid-19 de “vírus terrorista“.
Agora, o que se tratava de apenas uma comunidade, já são mais de 2 mil novos casos. As autoridades estudam submeter o país a um segundo lockdown para poder controlar a nova onda de infecções.