Dia Mundial da Conscientização do Mal de Parkinson: quando a doença começa a surgir?
Neurocirurgião explica os principais sintomas do Mal de Parkinson, doença degenerativa e sem cura
Neurocirurgião explica os principais sintomas do Mal de Parkinson, doença degenerativa e sem cura
O dia 11 de abril foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientização do Mal de Parkinson, uma doença degenerativa e sem cura. Estima-se que 1% da população mundial acima dos 65 anos de idade tenha a doença, é o que informa a OMS. No Brasil, cerca de 400 mil pessoas são portadoras do Mal de Parkinson.
O neurocirurgião e chefe de neurocirurgia do Hospital Federal da Lagoa, Dr. Haroldo Chagas, explica que os principais sintomas são: tremores nas pernas e mãos, desequilíbrio, lentidão nos movimentos, descoordenação e tendência à queda. “Apesar de números alarmantes, o Mal de Parkinson ainda é uma doença pouco conhecida. É a segunda doença neurodegenerativa mais frequente”, revela Chagas.
Na maioria das vezes, os sintomas começam a aparecer por volta dos 50 anos. Com um diagnóstico difícil, o Parkinson diminui a dopamina, um neurotransmissor responsável pelo sistema motor e dos movimentos voluntários.
“O Mal de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, se instala de forma lenta, em torno dos 60 anos, podendo se manifestar de maneira precoce entre os 30 e 40 anos. Para o tratamento da é necessário sessões de fisioterapia, fonoaudiologia, além de ter um suporte psicológico e nutricional com a finalidade de reduzir o prejuízo funcional decorrente da doença“, revela o neurocirurgião.
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O Dr. Haroldo informa que uma boa alternativa de tratamento para os pacientes com os sintomas com estágios avançados é o implante de marca-passo cerebral, que é semelhante ao marca-passo cardíaco, funciona com estímulos elétricos localizados e é pequeno, agindo nas áreas do cérebro afetadas para regredir o avanço da doença.
“Estudos mostram que quando a cirurgia é realizada precocemente, ainda nas fases iniciais, resulta em melhor qualidade de vida durante a evolução do problema”, diz.
Apoio familiar e psicológico são essenciais, assim como terapia, exercícios físicos, fisioterapia para uma melhor qualidade de vida dos pacientes. Aos familiares, é indicado que tenham orientações e informações sobre a doença, para encorajar os pacientes evitando que eles fiquem com autoestima baixa, depressivos e desmotivados.