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Cuidados com a saúde mental da terceira idade durante a pandemia

Com ajuda de vitamina D e zinco, especialista explica como os idosos podem evitar a depressão com a nova onda de casos de covid-19

Cuidados com a saúde mental da terceira idade durante a pandemia – Pexels

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 5,8% dos brasileiros têm depressão — e a prevalência quase dobra entre os que estão na faixa etária de 60 a 64 anos: de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 11,1% deles estão depressivos.

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E, em meio à pandemia, idosos não apenas compõem o principal grupo de risco para a Covid-19 como também estão mais suscetíveis a desenvolverem quadros de depressão em razão do isolamento social e distanciamento familiar. Além disso, são os mais velhos que acreditam em mais mitos sobre saúde emocional, dificultando o tratamento de transtornos mentais como depressão e ansiedade.

A depressão é um problema que não se restringe à idade, classe social ou escolaridade. Ela pode afetar gravemente a vida de diversas pessoas. Porém, com o idoso ela ganha proporções ainda mais severas. E, por isso, é indispensável buscar maneiras eficientes para prevenir o seu surgimento. Com o coronavírus e o isolamento social, a possibilidade da terceira idade ter a enfermidade cresce de maneira evidente.

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“Com o confinamento, muitos idosos estão com um grau ainda mais elevado de tristeza. É preciso tomar cuidado com isso e criar uma rotina de falar com eles por telefone, incentivar atividades que possam ser interessantes e que estimulem o movimento, o prazer e a mente”, aconselhou a médica geriatra Dra. Márcia Umbelino.

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E, de acordo com um estudo desenvolvido pelo Hospital Israelita Albert Einstein, a taxa de vitamina do sol no sangue está relacionada ao tempo de internação dos pacientes infectados pelo novo coronavírus. Isso mostra que alimentos ricos em vitamina D são essenciais no combate à doença. A médica, que também é ortomolecular, recomendou uma dieta equilibrada e rica em vitaminas e zinco, cuja baixa concentração no sangue periférico resulta em depressão: “Alguns dos nutrientes que se tornam especialmente importantes à medida que envelhecemos incluem o zinco, a vitamina C e a vitamina D. Estes nutrientes dão suporte ao funcionamento do sistema imunológico e podem ser importantes para prevenção da infecção pelo novo coronavírus.”

Ainda segundo a médica, é importante ter em mente que esse é um quadro que pode ser repetitivo. Ela ainda destaca que os sintomas, porém, podem ser diferentes. Momentos pontuais, como a menopausa, se apresentam como ainda mais propícios para esse tipo de problema que assola o paciente. Para ela, tudo depende do estilo de vida que a pessoa leva, se tem histórico familiar, se possui algum trauma, dentre outros fatores. “É preciso estar atento a aspectos como o apetite seletivo, alteração na qualidade e quantidade de sono, déficit de atenção ou mesmo falha de memória.”

Vale lembrar que, na última terça-feira, o Brasil totalizou 8.736.891 indivíduos vacinados com pelo menos uma dose da vacina contra o coronavírus, o equivalente a 4,13% da população nacional. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa. Com a chegada da vacina e o aumento do número de casos e óbitos, uma nova realidade se inicia.

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Assim, o melhor caminho durante os próximos meses é a prevenção completa, formada pela qualidade de vida em todas suas etapas: uso de máscara, higienização constante com sabão ou álcool em gel, evitar aglomerações, além de manter uma alimentação saudável, prática de exercícios físicos e a consulta periódica ao médico, ficando mais fácil lidar com qualquer doença, inclusive as mentais. É um verdadeiro projeto para aproveitar a terceira idade com o máximo de vitalidade.