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Crianças com acesso excessivo à telas podem sofrer puberdade precoce, pontua estudo

Luz presente em telas de smartphones, tablets e computadores provoca alteração hormonal que antecipa sinais da puberdade

Luz presente em telas de smartphones, tablets e computadores provoca alteração hormonal nas crianças, causando puberdade precoce
Riscos são ainda maiores se contato é predominantemente noturno – Pexels/ Amina Filkins

Suas crianças têm muito acesso a diversas telas, sejam de tablets, celulares ou até mesmo computadores? De acordo com um novo estudo, essa exposição constante a luz azul, presente nesses aparelhos, pode provocar o que se chama de puberdade precoce.

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A pesquisa, exposta nessa quinta-feira, 15 de setembro, na Sociedade Europeia de Endocrinologia Pediátrica, revelou que esse contato causa alterações hormonais, o que, por consequência, antecipa sintomas da puberdade. Apesar de parecer inofensivo, esse fenômeno pode apresentar alguns riscos, tanto para meninos ou meninas, já que o corpo ainda não está totalmente preparado para passar por esse processo.

Para o estudo, então, os pesquisadores expuseram ratas fêmeas de laboratório, por diferentes tempos, à luz azul. Ao mesmo tempo, submeteram outro grupo do mesmo animal sob uma luz considerada normal.

Apesar de mostrar resultados de puberdade precoce, ainda não testaram excesso de contato com luz azul de telas em crianças

O primeiro, portanto, apresentou os sinais precoces de puberdade, enquanto o outro não teve quaisquer alteração for do considerado normal. Segundo os responsáveis, as principais mudanças foram nos níveis de melatonina, que baixou, e de hormônios reprodutivos como o estradiol e luteinizante, que aumentaram significativamente. Além disso, as ratas tiveram alterações físicas em seu tecido ovariano, sinal que também marca o início da puberdade.

“Como este é um estudo com ratos, não podemos ter certeza de que esses achados seriam replicados em crianças, mas esses dados sugerem que a exposição à luz azul pode ser considerada um fator de risco para o início precoce da puberdade”, pontua um dos autores da pesquisa, Aylin Kilinç Uğurlu. “Por isso, aconselhamos que o uso de dispositivos emissores de luz azul deve ser minimizado em crianças pré-púberes, especialmente à noite, quando a exposição pode ter mais efeitos de alteração hormonal”.

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Por fim, os pesquisadores revelam que esses resultados evidenciam mudanças também no sono das crianças, já que a melatonina está mais baixa. Além disso, a puberdade precoce afeta o desenvolvimento infantil, assim como em sua saúde reprodutiva e fertilidade no futuro.

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