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Celular e videogame: uma combinação preigosa para suas mãos

Não é de hoje os videogames deixaram de ser “coisa de criança” e tem vários adultos, não só jogando, mas fazendo do lazer uma profissão, e assim sendo, requer cuidados

Videogame e celular – Pixabay

Como falamos, os videogames e tablets deixaram de ser “brincadeira de criança” e se tornaram, além de ferramenta, um instrumento de trabalho para muitos. Essas muitas telas, que nos prendem por boa parte do dia.

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Porém, aquele recado ou advertência que costumam ser direcionadas para as crianças do “não ficar muito na frente das telas e aproveitar a ‘vida real'”, pode – e deve – ser direcionadas também para os mais crescidos.

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Se para os mais novos esses são hábitos que devem ser limitados, para adultos e idosos, que também passaram a fazer uso irrestrito de aparelhos como celular, tablet e videogame, as consequências se somam a tendências já existentes, como artrite e artrose, entre outras limitações de movimentos.

Podemos não nos dar conta, mas a posição que adotamos ao celular, com o pescoço abaixo e coluna inclinada, exerce sobrecarga crescente sobre os músculos dos ombros, braços, mãos e dedos, o que tem levado muitos aos consultórios ortopédicos.

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A coluna e o pescoço são alvos gravemente atingidos pelos maus hábitos tecnológicos: o peso sentido pela cabeça é equivalente a 27 quilos, devido à pressão exercida pelo abaixamento da cabeça…

Com as mãos, a situação é ainda mais delicada, pois usamos sempre o mesmo dedo para digitar. O mais comum é a inflamação do tipo tendinite, mas ela pode se agravar e evoluir para uma tendinopatia, com processo degenerativo, principalmente das pequenas articulações, ou seja, o paciente desenvolve a osteoartrite

 Apesar de muitos não se darem conta da gravidade desse hábito que ultrapassa fronteiras geográficas e de idade, a inflamação nos punhos causada pelo uso excessivo do celular já tem até um apelido, a “Whatsapinite”.

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Outras afecções osteoomioarticulares (que afetam ossos, músculos e articulações), consideradas doenças causadas pela repetição de movimentos, podem ser relacionadas com o uso de dispositivos digitais, como deformidades e fraqueza muscular.

O alerta da terapeuta ocupacional, Syomara Cristina Szmidziuk, é: “coloque limites para vocês mesmo, antes de chegar ao ponto de precisar de uma cirurgia. A boa notícia é que existem medidas que amenizam o dano causado pelo tempo ao celular, como adaptadores na forma de alças que permitem segurar o aparelho com a mão aberta”.

“Uma dica é tomar cuidado em usar sempre as duas mãos, e não apenas um dos dedos, alternando entre polegar e indicador. Outra recomendação essencial é fazer alongamentos, o que vale também para o tempo de uso do computador: estique a coluna, alongue os braços, solte o pescoço, faça a extensão total do braço, mãos e dedos“, completou.

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E atenção: alongamento é para ser feito devagar. Todo o tempo investido nessa prevenção será recompensado em ganho de saúde e bem-estar.