Casagrande relembra acidente após uso de substâncias químicas

Walter Casagrande passou por momentos delicados em sua vida, em um período que travou uma batalha contra a dependência química. O ex-jogador de futebol relembrou, na terça-feira, 19, no programa Melhor da Tarde, da Band, um grave acidente de carro que sofreu em 2007. Hoje, Casagrande já está recuperado do vício, mas na época do acidente ele relatou ter tido um surto psicótico.

NO DIA DO ACIDENTE, CASAGRANDE RELATOU QUE VIU DEMÔNIOS EM MEIO AO SURTO

Foi enquanto estava utilizando entorpecentes, que Casagrande estava fazendo uma pesquisa sobre demônios bíblicos na época. “Chegou um momento que eu estava em casa e eu só podia ficar num retângulo na minha sala, porque todo o resto estava ocupado”, relatou.

Ele resolveu sair do local e ir para um hotel com a namorada. “Cheguei e o quarto estava repleto de demônios, porque eles estavam todos na minha cabeça”. Foi nesse momento, em surto, que Casagrande saiu em um carro, dirigindo em alta velocidade. No acidente, o veículo acabou capotando após arrastar outros carros que estavam estacionados. Ele chegou a ser levado para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Albert Einstein.

“O maior inimigo que eu tive fui eu mesmo. A responsabilidade é minha. Assumo minha responsabilidade”, disse o comentarista de esporte. “A minha questão é de ideologia, tenho isso muito forte dentro de mim, hoje consigo ser livre (sem depender das drogas)”.

CASOS DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA: COMO BUSCAR AJUDA?

O Ministério da Saúde explica o seguinte caminho para o tratamento de casos de dependência química pelo SUS:

“A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada para o cuidado e desempenha papel fundamental na abordagem dos transtornos por uso de substâncias (TUS). Além da capilaridade, já que a APS está presente em todos os municípios brasileiros, é o nível de atenção que conhece a população, o território e os determinantes sociais que interferem nas mudanças comportamentais, dispondo, assim, de melhores condições para apoiar o cuidado na cessação do uso da substância. Diferentes níveis de complexidade compõem o cuidado e a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), podendo ser necessário o encaminhamento para a atenção especializada. Preferencialmente, o paciente será direcionado para um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD). Se estabelecimentos desse tipo não estiverem disponíveis, ele deverá ser referenciado para o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que trata outros transtornos mentais além da dependência química, ou CAPS IJ (voltado para adolescentes) – a depender da idade”.