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Candidíase, vaginose bacteriana e tricomoníase: saiba como evitar as doenças comuns do verão

Essas estão na lista de doenças mais frequentes na região íntima durante a estação mais quente do ano

Saiba quais são as doenças comuns do verão e veja como evitá-las – Freepik

Mesmo durante a pandemia, muita gente tem aproveitado bastante o verão com a família. Nessa época do ano, costumamos frequentar praias, piscinas e ainda dar uma esticadinha a um bar ou restaurante depois do pôr do sol — e é aí que “mora o perigo”.

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É preciso tomar cuidado: o verão é a época em que as mulheres precisam ficar mais atentas com a saúde íntima. O hábito de vestir biquínis e maiôs molhados durante todo o dia, por exemplo, pode acarretar alguns problemas de saúde, pois potencializa o surgimento de fungos e bactérias. Esses microorganismos, por sua vez, se proliferam com mais rapidez em ambientes úmidos.
 
“Pode parecer inofensivo, mas ficar com biquíni molhado por longos períodos ou mesmo o uso de absorventes sem a devida troca regular, além do uso de roupas sintéticas e muito justas, podem tirar a tranquilidade das mulheres no verão”, aponta o Dr. César Patez, ginecologista e obstetra. 

Entre as doenças mais comuns durante essa época do ano, estão a candidíase, a vaginose bacteriana e a tricomoníase. As três possuem características e sintomas parecidos. Portanto, é preciso consultar um profissional de confiança para ter um diagnóstico preciso e, assim, saber a melhor forma de tratamento.
 
“Os sintomas podem sim ser parecidos. A candidíase apresenta coceira e dores na região vaginal, tanto para urinar quanto no ato sexual, além de corrimento branco com odor cítrico. Já a tricomoníase causa inflamação nas paredes da vagina, acompanhada de corrimento amarelo-esverdeado com odor desagradável. O principal sintoma da vaginose bacteriana é um corrimento amarelo ou branco-acinzentado que tem um odor forte, que piora durante o sexo e na menstruação”, explica o especialista.
 
Para evitar problemas, o ginecologista sugere algumas dicas simples que diminuem os riscos de desenvolver tais doenças.
 
1) Após sair da praia e da piscina, troque a roupa de banho por um traje seco assim que possível! O ideal é sempre levar uma segunda peça na bolsa e se manter seca durante o dia;
 
2) Evite usar calças apertadas e de panos sintéticos. Prefira utilizar vestidos e saias, além de calcinhas de algodão, para a região íntima ficar arejada; 
 
3) Lave as roupas íntimas com água e sabão e seque-as ao sol. Não seque peças íntimas em ambientes fechados e úmidos, como banheiros, pois há risco de proliferação de bactérias; 
 
4) Não compartilhe sabonetes, peças íntimas e toalhas. O uso desses objetos precisa ser individual para prevenir a transmissão de doenças;
 
5) Outra ação importante para evitar a transmissão de doenças é contar com a proteção da camisinha na relação sexual; 
 
6) Faça sempre uma higiene íntima cuidadosa depois do sexo e após urinar e evacuar;
 
7) Não utilize sabonete comum na higiene íntima. O sabonete deve ser neutro ou indicado pelo ginecologista; 
 
8) Troque o absorvente com frequência regular durante a menstruação. Como os tradicionais são feitos de algodão, a vagina fica ainda mais úmida e abafada e isso pode desencadear secreções e corrimentos;

9) Evite protetores diários! Eles são necessários somente em situações de emergência ou durante o ciclo menstrual.
 
Fui diagnosticada! E agora?

Após ser diagnosticada, fique calma! Ao analisar seu caso, o ginecologista vai escolher o tratamento mais adequado para você. Em alguns dias ou semanas, a infecção vai ser controlada e os sintomas, aos poucos, vão desaparecer.
 
“Essas três doenças são facilmente tratadas”, garante o obstetra. “O tratamento geralmente é feito com medicação via oral ou de uso tópico, como creme ou pomada vaginal. O importante é manter os cuidados com a região íntima, especialmente com o clima quente do verão”, completa.

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