Após ironizar morte de paciente, estudante de medicina é suspensa da faculdade. ”Morreu e eu não dormi”
Estudante de medicina tratou morte de paciente com ironia, além de expor dados da vítima em rede social
Publicidade
Um hospital em Alagoas foi o cenário para um caso de desrespeito e falta de sensibilidade com uma paciente, que circulou pela internet nos últimos dias: uma estudante de medicina fez uma publicação em redes sociais com ironias sobre a morte de uma mulher na Unidade Mista Dr. José Carlos de Gusmão, na cidade Marechal Deodoro.
O episódio ocorreu nesta terça-feira, 08, em que uma paciente chegou à unidade com problemas de saúde. A estudante, estagiária do hospital, expôs foto de dados pessoais da mulher com reclamações em legenda: “Faltando 10 minutos para minha hora de dormir, chega a mulher infartando e com edema agudo de pulmão. Agora já passou 1h30 da minha hora de dormir, tô p***”.
Após primeira afirmação insensível, a paciente entrou em óbito, e a estudante fez mais uma publicação desumana em relação à vítima: “Atualizações: a mulher morreu e eu não dormi”. Com a repercussão do caso, a estagiária desativou sua conta nas redes sociais.
+++ Mulher cobra uso correto de máscara de homem, em ônibus, e sofre racismo; ”Volta para a senzala”
ESTUDANTE DE MEDICINA QUE IRONIZOU MORTE DE PACIENTE É SUSPENSA DA FACULDADE E DEMITIDA DE ESTÁGIO
As consequências do episódio viralizado foram além de um perfil excluído. A estudante foi afastada da Unidade Mista Dr. José Carlos de Gusmão, segundo informações do próprio hospital. “A secretaria lamenta o ocorrido e reafirma seu compromisso focado na humanização e respeito ao cidadão em todas as nossas unidades de saúde”, disse nota da Secretaria de Saúde.
Já o Centro de Estudos Superiores de Maceió, faculdade onde a estudante realiza o curso de medicina, informou que ela foi suspensa das atividades acadêmicas, e que foi iniciado um processo para a apuração do caso. “A Coordenação do Curso, tão logo cientificada do fato, iniciou a apuração com vista em avaliar e mensurar a gravidade da atitude da aluna, notadamente, no que concerne a suposta infringência a princípios éticos que norteiam o exercício de tão nobre e importante missão já a partir da preparação acadêmica”, disse a faculdade, em nota.
