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Apesar de rara, reinfecção por Covid é mais comum em idosos, aponta estudo da ‘Lancet’

Enquanto os mais jovens (de zero a 64 anos) apresentaram uma taxa de proteção de cerca de 80% para novas infecções, em pacientes com 65 anos ou mais, essa proteção despencou para 47%

Apesar de rara, reinfecção por Covid é mais comum em idosos, aponta estudo da ‘Lancet’ – Pexels

A maior parte dos pacientes que se recuperaram da Covid-19 desenvolveu algum tipo de imunidade contra o coronavírus, no entanto, os idosos foram os mais propensos a uma reinfecção, segundo estudo publicado na última quarta-feira, dia 17, pela revista científica “The Lancet”.

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Pesquisadores do Statens Serum Institut, de Copenhague, acompanharam mais de quatro milhões pessoas na Dinamarca por cerca de um ano. Todos eles, com suspeita de Covid-19, foram submetidos a testes do tipo RT-PCR para o diagnóstico da doença.

E, os cientistas usaram, para este levantamento, os dados do programa de testagem e rastreio do governo dinamarquês, que alcançou no ano passado mais de dois terços da população do país escandinavo – que tem quase seis milhões de habitantes.

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Entre aqueles que já haviam se infectado uma vez – cerca de cento e dez mil pessoas –, setenta e duas (ou 0,65%) voltaram a pegar a doença durante uma segunda onda. É o que disse o artigo Assessment of protection against reinfection with SARS-CoV-2 among 4 million PCR-tested individuals in Denmark in 2020: a population-level observational study. O número é pequeno, mas chamou a atenção dos cientistas por atingir diretamente um dos grupos de maior risco de complicações para o coronavírus: idosos acima dos 65 anos.

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Por outro lado, enquanto os mais jovens (de zero a 64 anos) apresentaram uma taxa de proteção de cerca de 80% para novas infecções, em pacientes com 65 anos ou mais, essa proteção despencou para 47%.

PROTEÇÃO X VALIDADE

Também, segundo o estudo, a proteção natural foi percebida nos pacientes por pelo menos seis meses após a primeira infecção. No entanto, o artigo ressaltou que esse tipo de proteção não é uma medida confiável para controlar a pandemia e que a vacinação e o distanciamento social não podem ser deixados de lado.

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Uma das autoras do estudo, Daniela Michlmayr, disse em nota que não foi observada nenhuma tendência de queda da imunidade em um período inferior a seis meses depois da infecção – o que pode indicar uma proteção mais duradoura.

 

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