Profissionais da saúde possuem índices elevados de quadros depressivos e pensamentos suicidas
Relatório da Organização Pan-Americana da Saúde faz alerta sobre a saúde mental dos profissionais de saúde
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A pandemia da Covid-19 desencadeou uma série de problemas psicológicos na população, e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) fez um alerta para a saúde de um grupo específico: os profissionais da saúde. Conforme relatório da organização, a classe da América Latina possui índices elevados de quadros depressivos e pensamentos suicidas.
Necessidade de apoio emocional, preocupação em contaminar parentes e conflitos com familiares de pacientes são alguns dos fatores de risco para o psicológico desses profissionais, como destacou o estudo “COVID-19 HEalth care wOrkErs (HEROES)”, realizado durante o ano de 2020 e publicado na última quinta-feira, 13.
Conforme o resultado da pesquisa, o índice de profissionais que apresentaram sinais depressivos foi de 14,7% a 22%. Quando se trata de ideias suicidas, 5% a 15% dos trabalhadores da saúde relataram ter pensamentos do tipo.
“A pandemia evidenciou o desgaste do pessoal de saúde e, em países onde o sistema de saúde entrou em colapso, eles sofreram com jornadas extenuantes e dilemas éticos que impactaram sua saúde mental”, disse o diretor do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da OPAS, Anselm Hennis.
MEDIDAS PARA APOIAR A SAÚDE MENTAL DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE
O estudo apontou que menos de um terço dos que precisavam de atendimento psicológico foram atendidos. Inclusive, uma das recomendações preventivas contra depressão e pensamentos suicidas é justamente a necessidade de implementar políticas públicas voltadas para a saúde mental desses profissionais – e da população, em geral.
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Ainda, outro ponto que ajuda a diminuir a sobrecarga na área da saúde e de seus membros é a gestão de crises sanitárias com base em evidências científicas. “Após dois anos de pandemia, muitos trabalhadores ainda não recebem o apoio de que precisam e isso pode levá-los a desenvolver diferentes transtornos mentais nos próximos anos, algo para o qual temos que estar preparados”, disse o pesquisador da Universidade Columbia, Ezra Susser.
