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Fiocruz afirma que atual cenário da pandemia no Brasil é desafiador, mas pode ser visto como ”uma janela de oportunidades”

Para a Fiocruz, o atual momento da pandemia, combinado com o avanço da vacinação, pode ajudar no controle da doença no país

Fiocruz fala sobre cenário da pandemia no país – Pexels/Edward Jenner

Com dois anos de pandemia no Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) falou sobre o cenário da Covid-19 no país com a alta e rápida transmissão da variante Ômicron. Em boletim divulgado nesta quarta-feira, 09, a instituição diz que a explosão de casos da doença pode ser vista como “uma janela de oportunidades”, por conta de uma imunidade a curto prazo que pode abrir espaço para uma maior controle do vírus. 

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“Mesmo que esta resposta seja de curta duração ou temporária, isso significa que, por algum tempo, haverá centenas de milhares de pessoas ao mesmo tempo imunes a uma nova infecção”. Mas, a Fiocruz enfatiza que isso é possível com o investimento na imunização da população. “Em um momento em que há muitas pessoas imunes à doença, se houver uma alta cobertura vacinal completa entre as pessoas, há a possibilidade de, tanto reduzir o número de casos, internações e óbitos, como de bloquear a circulação do vírus. Isto porque haverá menos suscetíveis, mesmo que temporariamente”, disse a instituição, no boletim. 

Com esse cenário, a Fiocruz diz que o sistema de saúde pode se reorganizar para atender quadros graves e monitorar pessoas com quadros mais leves da doença. “Para isso, é necessária a implementação de práticas de telessaúde, testagem estratégica de casos suspeitos e seus contatos, bem como o reforço de estruturas hospitalares e ambulatoriais”.

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FIOCRUZ FALA SOBRE TRANSIÇÃO DA DOENÇA DE PANDEMIA PARA ENDEMIA

Muitos países têm falado sobre a mudança do status da doença de pandemia para endemia. Mas, a Fiocruz ressalta que essa transição não significa que o vírus e as medidas protetivas estejam eliminados. “Entre o status de pandemia e de endemia há outras etapas de classificação, que igualmente impõem mudanças na forma de monitoramento e vigilância”, explica a instituição. “A classificação de ‘endêmica’ representaria a incorporação de práticas sociais e assistenciais na rotina dos cidadãos e dos serviços de saúde”, complementa. 

Com isso, a Fiocruz enfatiza que essa transição só ocorrerá quando a transmissão de variantes diminuir significativamente, além de uma ampla cobertura vacinal em todos os países do mundo.

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