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Covid-19 aumenta em 69% riscos de idosos desenvolverem Alzheimer, aponta estudo

Published 14/09/2022
Idosos acima de 65 anos, que pelo menos uma vez positivaram, apresentam esse risco aumentado de desenvolver demência

Riscos são ainda maiores em mulheres - Freepik

Segundo um novo estudo da Universidade Case Western Reserve, nos Estados Unidos, idosos que positivaram para covid-19 tem risco aumentado de terem Alzheimer. A pesquisa afirma que pessoas acima de 65 anos tem uma tendência à demência 69% maior, se alguma vez se infectou com o vírus.

Os pesquisadores, então, analisaram mais de 6 milhões de idosos que não apresentavam sinais de Alzheimer. Assim, divididos entre dois grupos, aqueles que testaram e os que não testaram positivo para a covid, eles estudaram a incidência da doença.

O estudo, portanto, revelou que entre os não infectados os índices ficaram em 0,35%. Já os que uma vez testaram positivo para covid-19 tiveram um percentual de 0,68%; ou seja, quase o dobro.

Em uma segunda fase do estudo, dessa vez com mais pacientes infectados sendo analisados, os número se mantiveram em 0,68%. No entanto, a taxa dos não infectados aumentou, passando para 0,47%. Assim, concluiu-se um risco 69% maior, se o paciente tiver mais de 65 anos.

Riscos de desenvolver Alzheimer, após infecção por covid-19, são ainda maiores em mulheres

A pesquisa, além disso, buscou identificar diferentes grupos que poderiam apresentar índices maiores. Segundo eles, portanto, mulheres com mais de 85 anos tem um risco ainda maior – 82%. Homens na mesma faixa etária apresentam um risco de 50%.

No geral, ambos apresentam um risco de 59% maior se possuem entre 65 e 74 anos e 69% se possuem de 75 a 84 anos.

“Se esse aumento de novos diagnósticos da doença de Alzheimer for mantido, a onda de pacientes com uma doença atualmente sem cura será substancial e poderá sobrecarregar ainda mais nossos recursos de cuidados de longo prazo”, pontua Pamela Davis, uma das responsáveis pelo estudo. “A Covid e as consequências a longo prazo dela ainda estão surgindo. É importante continuar monitorando o impacto desta doença em futuras incapacidades”.

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