Ícone do site

Com câncer, homem está com pelo menos três variantes de covid no corpo

Published 07/07/2022
Paciente com câncer está com covid por mais de 470 dias

Paciente com câncer está com covid por mais de 470 dias - Unsplash/CDC

São mais de 470 dias que um paciente com câncer está infectado por covid-19. Sem o nome identificado, o caso do homem de cerca de 60 anos está sendo acompanhado por cientistas norte-americanos da Universidade de Yale. Vale lembrar que quadros como esse, de pessoas que testam positivo para o vírus por um longo período, não é caracterizado como covid longa. Essa última condição é designada quando uma pessoa sofre efeitos prolongados da doença sem estar contaminada.

PACIENTE COM CÂNCER TEM TRÊS TIPOS DE VARIANTES NO ORGANISMO

O homem sofre com um câncer no sistema linfático que, conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse sistema é uma composição entre órgãos e tecidos que produzem células responsáveis pela imunidade do corpo. O linfoma ocorre quando uma célula de defesa do corpo se torna maligna e passa a se multiplicar e disseminar pelo organismo rapidamente.

Com o sistema imunológico enfraquecido por conta do câncer, o paciente já está dentro do grupo de risco de covid-19, onde pacientes desse grupo correm mais risco de desenvolverem um quadro grave da doença. Diante desse estado de saúde, os cientistas observaram que o homem possui pelo menos três variantes do coronavírus atuando em seu organismo.

Ainda, a equipe destacou que o vírus está sofrendo diversas mutações no paciente, em que as mudanças no genoma estão acontecendo duas vezes mais rápido que o comum. Por conta disso, o homem pode ser considerado um vetor de transmissão dessas mutações da doença.

“Essa infecção crônica resulta em uma evolução e divergência acelerada do Sars-CoV-2, um mecanismo que pode potencialmente contribuir para o surgimento de variantes geneticamente diversas”, destacaram os cientistas, em artigo na versão pré-print, divulgada no último sábado, 02. Ou seja, o estudo ainda precisa passar pela revisão de pares. Conforme os pesquisadores, esse paciente pode ser considerado o que manteve o vírus no corpo por mais tempo no mundo.

Sair da versão mobile