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Que soninho! Feito da maneira correta, o cochilo pode servir como um ‘reset’ ou uma prática complementar; entenda mais sobre

Estudo mostra que sonecas de 25 a 45 minutos reduzem cargas de estresse e fadiga

Formas corretas de tirar uma soneca – Freepik/karlyukav

Tirar uma soneca é algo prazeroso para muitas pessoas, mas até mesmo essa prática exige uma maneira certa de ser feita. Estudo publicado na revista Physiology & Behavior mostrou que cochilos de 25 até 45 minutos, por exemplo, diminuíram as cargas de estresse e fadiga e melhoraram a atenção e o desempenho físico em homens fisicamente ativos. 

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“Os cochilos são uma forma de complementar o sono noturno insuficiente ou uma maneira de dar um ‘reset’ entre atividades durante o dia”, afirma o psicólogo e psicanalista Ronaldo Coelho. Mas, o tempo de um cochilo complementar e de um para dar aquele “reset” é diferente para cada um. Antes, é preciso ter em mente que o nosso sono durante a noite é composto por 4 ciclos, em que cada um ocorre a cada 1h30 a 2h. “Caso tenhamos menos de quatro, realizar um cochilo de 1h30 ou no máximo 2h, pode ajudar a complementar. Isso vale, principalmente, para quem trabalha em turnos noturnos ou alternados”. A outra função tem o intuito de “zerar a cabeça e o corpo” e, para esse caso, basta um cochilo de 15 a 20 minutos, pois “auxilia no processo de digestão e absorção de nutrientes, uma vez alçado pelo pico de insulina, que é o grande protagonista daquele soninho que dá depois de uma refeição, principalmente se for rica em carboidratos de rápida absorção”, explica Ronaldo.

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Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade Heriot-Watt, em Edimburgo, na Escócia, e publicada na revista Nature Scientific Reports apontou que aquela soneca após uma série de estudos nos ajuda a guardar melhor as informações. “Um corpo e uma mente descansados sempre trabalham e produzem melhor e com maior eficiência do que quando cansados”, lembra o psicanalista. 

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COCHILO DE “RESET”

O psicanalista alerta que esse tipo não deve passar de 30 minutos, uma vez que ele tem “o efeito de uma meditação, de limpar a mente para se iniciar uma nova atividade”. Inclusive, esses cochilos de 20 são recomendados pela Sleep Foundation, dos Estados Unidos.

COCHILO COMPLEMENTAR

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Nesses casos, Ronaldo alerta que a soneca não deve ultrapassar 2h “para não ter perigo de entrar em outro ciclo”. O psicanalista também comenta que “cada um vai percebendo em si e tempo exato que costuma durar o próprio ciclo de sono dentro deste intervalo” e, além disso, “nós também podemos ter variações a depender do dia ou do momento em que estamos passando”

Ele ressalta que isso não é uma receita de bolo, mas que serve como um norte, pois “ajudam a perceber melhor o funcionamento do próprio corpo e ir ajustando para o melhor cuidado consigo mesmo”

MANEIRA INCORRETA DE COCHILAR

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Feita de maneira errada, esse prazer em cochilar pode se tornar em algo não tão benéfico para o corpo. Ronaldo Coelho lista alguns pontos:

  • Não dormir durante o dia se a pessoa já dormiu o suficiente durante a noite, pois isso “tende a atrapalhar o próximo ciclo noturno”;
  • Não force o cochilo, pois isso pode diminuir a qualidade dos ciclos de sono. “Devemos ter em mente é que se formos tirar um cochilo de 1h30 ou 2h às 17h muito provavelmente ainda estaremos bastante ativos e produtivos à meia noite, não vai adiantar muito forçar o sono, a não ser que esse cochilo seja mesmo uma reposição da noite anterior”.

“A regra mais importante a seguir é entender o quando o cochilo se torna excessivo ou o quando ele é reparador, e isso é possível sentir no próprio corpo, é só estar atento a ele”, complementa o psicanalista.

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