Psicogenealogia: entenda como a terapia analisa os impactos dos ancestrais na vida de uma pessoa

Entenda como funciona a psicogenealogia – Pexels/veeterzy

Nós somos feitos com metade dos genes do nosso pai e metade da nossa mãe. Eles, por sua vez, trazem metade dos genes de cada um dos seus pais e assim sucessivamente. E nesses genes carregamos episódios vividos por eles que podem passar de geração em geração e desencadear conflitos, bloqueios e dificuldades na nossa vida.

PSICOGENEALOGIA: COMO A HISTÓRIA DE NOSSOS ANCESTRAIS PODEM AFETAR NOSSAS VIDAS?

Por isso, a psicogenealogia, que é a junção das palavras psicologia e genealogia e nasceu com base nos estudos da psicóloga e psicoterapeuta Anne Ancelin Schützenberger na França, nos anos 1970, se concentra em analisar com profundidade a história dos ancestrais da pessoa, com seus sucessos e fracassos, seus amores e desamores, entre outros, e como eles podem estar influenciando na sua vida.

Para isso, cada psicogenealogista trabalha de uma forma. Alguns pedem para que a pessoa responda um questionário antes e já chega à sessão com todas as informações detalhadas. Outros começam a obter os dados da árvore genealógica do indivíduo que está sendo atendido durante o encontro.

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Também não há um padrão para a quantidade e a duração das sessões. Em alguns casos, o processo acontece em uma consulta de 3 a 4 horas, em outros pode ser dividido em várias de uma hora, entre outros formatos, além de poder ser feito em grupo. Os resultados também são bem variáveis, dependendo do trabalho do profissional e do envolvimento e vontade de se tratar de quem está sendo submetido à psicogenealogia.

“Uma pessoa que tem medo de entrar na piscina, por exemplo, pode ter vindo de uma família que teve que fugir de navio”, diz Letícia Kuchockowolec Baccin, especialista em psicogenealogia. Ela explica que essas questões podem reverberar em até sete gerações e que o trabalho tem como objetivo trazer esses episódios à tona, tornando-os conscientes, reparando as feridas e ressignificando-as, cortando o problema pela raiz, nos deixando livres para viver nosso próprio caminho livremente sem interferências. “Por isso digo que uma única sessão equivale a 10 anos de terapia”, afirma.