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“Doença do silicone”? Mulheres relatam sintomas físicos e emocionais após a cirurgia plástica

Nos últimos anos, tem-se observado um fenômeno surgindo entre as mulheres, especialmente as influenciadoras digitais: a busca pela remoção das próteses

“Doença do silicone”? Mulheres relatam sintomas físicos e emocionais após a cirurgia plástica – Freepik

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a colocação de prótese de silicone nas mamas ainda é a cirurgia estética mais requisitada entre as brasileiras. Segundo o último levantamento da sociedade, feito em 2018, a busca pelo aumento das mamas representava 18,8% dos procedimentos, ficando à frente da lipoaspiração (16,1%) e da abdominoplastia (15,9%).

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No entanto, nos últimos anos, tem se observado um fenômeno contrário surgindo entre as mulheres, especialmente as influenciadoras digitais: a busca pela remoção das próteses, chamada de “explante”.

E, indo além das questões estéticas, a causa por trás desse movimento de busca pela retirada dos implantes envolve relatos de mulheres que começaram a listar sintomas físicos e emocionais que tiveram após a cirurgia plástica. Isso alertou tanto a comunidade médica sobre uma possível doença ligada ao silicone, quanto mulheres que já fizeram ou sentem vontade de fazer a cirurgia.

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O que é a “doença do silicone”?

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A síndrome de ASIA – síndrome autoimune/inflamatória induzida por adjuvantes -, ou “doença do silicone”, como é conhecida popularmente, refere-se a um conjunto de sinais e sintomas que se dá em pacientes submetidos a um estímulo externo, como a vacina, adjuvante de vacinas (hormônios, alumínio, entre outros) ou a prótese de silicone.

E, na teoria e até onde os estudos apontam, após o contato com o estímulo desencadeante (implantes mamários, vacinas), pacientes geneticamente suscetíveis poderiam desenvolver uma resposta autoimune que levaria ao início de sinais. Os sintomas relatados são dor articular, dor no corpo, cansaço, distúrbios no sono e perda de cabelo.

Porém, apesar de existirem estudos, ainda não há muito esclarecimento e respaldo científico sobre a síndrome.

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Sem silicone, sem doença?

Contudo, há relatos de pacientes que, ao serem submetidos à retirada das próteses, observam melhora ou resolução de sintomas. Dessa forma, a avaliação individual de cada paciente é imprescindível, a fim de excluir a possibilidade de outras doenças que podem causar os mesmos sintomas.

 

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