A osteoporose atinge cerca de 30% da população brasileira acima dos 50 anos, segundo um estudo da Brazilian Journal of Health Review. A doença é, principalmente, conhecida por suas fraturas que acontecem após uma queda ou traumatismo, causando dor e incômodo nos pacientes. Apesar disso, a doença ainda é pouco conhecida por seus déficits neurológicos.
E são essas fraturas mais graves que causam uma perda de força ou de sensibilidade nos membros inferiores, ou superiores, tornando o problema ainda mais sério.
Por isso, é importante um diagnóstico correto de sua gravidade para não ocorrer a confusão, muito comum, com uma fratura vertebral causada pelo enfraquecimento provocado por um tumor na vértebra.
Como identificar déficits neurológicos de uma fratura causada pela osteoporose?
De primeiro momento, são indicados medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios para a dor. Se não houver melhora, deve-se partir então para esse diagnóstico mais profundo, em que há necessidade de um tratamento mais invasivo: “caso a dor seja insuportável, não melhore com o tratamento clínico ou ocorra deformidade grave da coluna, o tratamento deve ser cirúrgico”, explica o Dr. Marcelo Amato, médico neurocirurgião.
É nessa intervenção cirúrgica, portanto, que toda a fratura e, consequentemente, seus problemas neurológicos são resolvidos. Os principais métodos são a cifoplastia e a vertebroplastia, que possuem um risco baixo.
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Sobre o Dr. Marcelo Amato
Graduado pela USP Ribeirão Preto e doutor pela USP São Paulo, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP) desde 2010.