Vírus da varíola dos macacos é mais difícil de se multiplicar do que o da covid-19; entenda suas vantagens

Apesar de também ter uma alta taxa de contaminação, o vírus da varíola dos macacos tem mais dificuldades ao se replicar e criar mutações; entenda as vantagens

Apesar de também ter uma alta taxa de contaminação, o vírus da varíola dos macacos tem mais dificuldades ao se replicar e criar mutações; entenda as vantagens
Novo vírus é mais rastreável que a covid-19 – Pexels / CDC

Após a devastadora pandemia da covid-19, o aumento de casos da varíola dos macacos preocupa pessoas no mundo todo. Diante de tal situação, surgiram muitos questionamentos sobre as similaridades entre os vírus e suas contaminações.

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O vírus da varíola dos macacos, apesar do nome, surgiu em roedores da África Ocidental e Central, mas hoje se espalha em locais aonde não há reservatório animal natural. Então, estudos buscam entender uma possível mutação que permitiu essa ‘facilidade’ de transmissão humano-humano.

Foi em meio a essas pesquisas que se percebeu uma ‘vantagem‘ do novo vírus. Diferente da covid-19, que gerou diversas variantes, como a delta e ômicron, a varíola dos macacos é um vírus de DNA — que enfrenta mais dificuldades para se reproduzir, evitando tantas mutações.

Vírus da varíola dos macacos é mais difícil de se reproduzir

Essa dificuldade acontece porque o vírus de DNA comete menos ‘erros’ ao se multiplicar, causando poucas alterações em seu código genético. Ou seja, ele tende sempre a se manter o mesmo — obviamente, podendo haver exceções. Do outro lado, vírus como os da covid-19, de RNA, acabam tendo facilidades para mudarem sua genética, criando assim mais mutações que, geralmente, são mais resistentes que as anteriores.

Essa descoberta, portanto, garante que seja um pouco mais fácil identificar sintomas e, principalmente, uma solução mais fácil e plausível para a erradicação dos novos casos.

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Por exemplo, nesses novos casos alguns sintomas apresentados foram diferentes do que os de surtos anteriores, como o aparecimento de pequenas feridas em áreas específicas dos infectados, ao invés de pústulas típicas que cobrem todo o corpo. Mesmo assim, em análise foi possível identificar que sua sequência genética é praticamente igual a de outros casos no passado.

Por isso é importante alertar que o vírus da varíola dos macacos é mais fácil de ser rastreado e compreendido, ao contrário das incertezas vividas pela covid-19. Assim, podemos considerar que já há uma vacina com eficiência de quase 85% contra a varíola dos macacos, que é a própria vacina da varíola, criada em 1798.

A esperança, então, é que será difícil e improvável que surjam variantes que escapem da proteção já formulada.

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