Humanos transmitem mais doenças para animais, avalia estudo
Grande parte dos casos de transmissão de doença para animais ocorreu em locais como zoológicos
Grande parte dos casos de transmissão de doença para animais ocorreu em locais como zoológicos
Um estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, analisou casos publicados de relação da transmissão de doenças de humanos para animais selvagens. As conclusões formam um alerta, já que os cientistas observaram uma frequência preocupante de registros como esses.
No estudo foram destacados a identificação de 97 casos de transmissão humana para animal com uma grande série de doenças, em que diversos desses registros ocorreram em locais como zoológicos. Outro ponto destacado é que há um monitorado mais profundo em animais ameaçados de extinção, o que pode gerar uma lacuna do conhecimento necessário sobre esse tipo de transmissão de patógenos.
“Isso coloca em questão quais eventos de transmissão entre espécies podemos estar perdendo e o que isso pode significar não apenas para a saúde pública, mas para a saúde e conservação das espécies infectadas”, afirmou, em comunicado, a principal autora do estudo e veterinária e virologista da Universidade Estadual do Colorado, Anna Fagre.
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No estudo publicado nesta terça-feira, 22, na revista científica Ecology Letters, os pesquisadores destacaram que como os patógenos preferem hospedeiros semelhantes, grande parte dos casos dessas transmissões ocorreram de humanos para primatas não humanos.
“Discutimos limitações na literatura em torno desses fenômenos, incluindo fortes evidências de viés de amostragem para primatas não humanos e mamíferos próximos a humanos e a possibilidade de viés sistemático contra o relato de parasitas humanos na vida selvagem, os quais limitam nossa capacidade de avaliar o risco de transmissão de patógenos humanos para animais selvagens”, apontaram os pesquisadores, no estudo.