Fumar maconha acelera processo de envelhecimento, conforme estudo

O ato de fumar maconha provoca um envelhecimento maior do que o natural

Estudo relaciona fumar maconha com envelhecimento precoce – Pexels/Harrison Haines

Um estudo publicado na Drug and Alcohol Dependence destacou uma das consequências do ato de fumar maconha: a aceleração do processo natural de envelhecimento. A pesquisa foi realizada por cientistas dos Estados Unidos, com a observação dos epigenomas (conjunto de marcas químicas no DNA) de 154 voluntários, escolhidos aos 13 anos e monitorados até atingirem 30 anos. 

Publicidade

Ao chegarem na casa dos 30, os pesquisadores analisaram que os voluntários que fumaram maconha no período destacado tiveram uma ativação genética maior do que o natural para essa idade. “O uso de maconha previu mudanças epigenéticas ligadas ao envelhecimento acelerado, com evidências sugerindo que os efeitos podem ser principalmente devidos à inalação de hidrocarbonetos entre os fumantes de maconha”, dizem os pesquisadores, no estudo.

+++ Três bilhões de pessoas são vulneráveis à crise climática, aponta pesquisa

+++ Dia Mundial de Doenças Raras: pacientes devem atentar para os seus direitos

PESQUISADORES ACREDITAM QUE O ENVELHECIMENTO PRECOCE TEM MAIS RELAÇÃO COM O ATO DE FUMAR MACONHA

Conforme os pesquisadores, o ato de fumar maconha está mais relacionado com o envelhecimento precoce do que pela ingestão de tetra-hidrocarbinol (THC). “As ligações com o envelhecimento epigenético dependiam de quão recente foi o uso de maconha, com o uso mais recente fortemente ligado à aceleração da idade e com esse efeito desaparecendo para uso em um passado mais distante”.

Publicidade

Conforme os cientistas do estudo, os resultados são consistentes, mas ainda não se pode estabelecer uma conclusão sobre “um papel causal do uso de maconha no envelhecimento epigenético”. Por isso, é preciso que mais pesquisas aprofundadas referentes ao tema sejam feitas.