Consumo de vinho tinto pode prevenir cirurgia de catarata, mostra estudo

A catarata, principal causa de cegueira em pessoas com mais de cinquenta anos em 2020, é uma doença caracterizada pela perda de transparência na lente natural do olho, sabia?

Mas um estudo recente mostrou um possível aliado na prevenção da doença: o vinho tinto. Isso mesmo, segundo artigo publicado no periódico Ophthalmology, em 31 de março, uma taça da bebida por dia pode reduzir o risco de uma cirurgia de catarata.

Entretanto, os pesquisadores ressaltaram que ingerir muito álcool — uma bebida por dia ou mais — não faz bem para a saúde dos olhos. Inclusive, pessoas que bebem excessivamente têm maior risco de ter catarata. 

Além disso, os cientistas disseram que as descobertas não provam causa e efeito, mas, sim, uma forte associação entre consumo de álcool e catarata. “O desenvolvimento da catarata pode ser devido ao dano gradual do estresse oxidativo durante o envelhecimento”, disse a autora principal do estudo, Sharon Chua.

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E, para o estudo, os pesquisadores acompanharam a saúde e o estilo de vida de mais de quinhentas mil pessoas no Reino Unido, com idade entre cinquenta e seis e cinquenta e nove anos. Eles levaram em consideração fatores conhecidos por afetar o risco de catarata – idade, sexo, etnia, socioeconomia, peso, tabagismo e diabetes. 

RESULTADOS

• Pessoas que consumiam cerca de 6,5 taças de vinho por semana eram menos propensas a se submeter à cirurgia de catarata.
• Em comparação com pessoas que se abstiveram ou beberam outros tipos de álcool, os que consumiram vinho tinham entre 14% e 23% menos probabilidade de necessitar de cirurgia de catarata.
• Em comparação com pessoas que se abstiveram, os consumidores moderados de vinho branco ou champanhe tiveram um risco 10% menor; os bebedores moderados de cerveja e destilados tiveram um risco 13% e 14% menor, respectivamente.

E, os cientistas explicam que, apesar das descobertas, mais estudos são necessários para entender os efeitos do consumo de vinho na prevenção da catarata. Mas o resultado é importante porque colabora com mais informação científica relacionada à doença, que é a principal causa de cegueira no mundo.