Por que algumas pessoas pegam Covid-19 no intervalo entre a 1ª e a 2ª dose da vacina?
Com alta circulação do coronavírus, é importante que todo mundo continue se protegendo — mesmo aqueles que já foram imunizados
Com alta circulação do coronavírus, é importante que todo mundo continue se protegendo — mesmo aqueles que já foram imunizados
A enfermeira Maria Angélica Sobrinho, de 53 anos, foi a primeira a ser vacinada Contra a covid-19 na Bahia. Alguns dias depois, porém, ela apresentou sintomas e foi diagnosticada com a infecção pelo coronavírus.
E ela não é a única a vivenciar uma situação dessas: há relatos de outras pessoas em várias partes do Brasil que tomaram uma dose do imunizante e, enquanto aguardavam as semanas para completar o esquema vacinal, pegaram a doença.
Mas, afinal, como é que algumas pessoas pegam Covid-19 no intervalo entre a primeira e segunda dose da vacina?
Por enquanto, dois imunizantes são utilizados no Brasil: CoronaVac (Sinovac e Instituto Butantan) e CoviShield (AstraZeneca, Universidade de Oxford e Fundação Oswaldo Cruz).
E, ambos precisam de duas doses para oferecer um nível de proteção suficiente contra o coronavírus. O tempo entre a primeira e a segunda dose varia de acordo com o produto: a CoronaVac tem um intervalo de 14 a 28 dias, enquanto na CoviShield esse período é de três meses.
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Independentemente da tecnologia, as vacinas trazem em sua composição os antígenos, substâncias que vão interagir com as células do sistema imunológico, para que elas criem os anticorpos necessários e consigam lidar com uma futura invasão viral.
A questão é que esse processo leva um tempinho para ser concluído: as células imunes precisam reconhecer os antígenos, “interagir” com eles e criar uma reação satisfatória. Esse trabalho costuma levar cerca de duas semanas.
Seguindo esse raciocínio, uma pessoa que tomou apenas uma dose da vacina contra a Covid-19 não está protegida e precisa seguir com os cuidados básicos de prevenção (como uso de máscara, distanciamento social e lavagem de mãos).