Subir escadas melhora o bem-estar e pode ajudar pessoas com transtornos psiquiátricos
Heike Tost é uma das autoras do estudo que demonstrou, pela primeira vez, o papel determinante das tarefas rotineiras na saúde e no bem-estar
Heike Tost é uma das autoras do estudo que demonstrou, pela primeira vez, o papel determinante das tarefas rotineiras na saúde e no bem-estar
“Se você quer se sentir melhor, subir escadas com mais frequência pode ajudar”. O conselho da psiquiatra Heike Tost vai além de uma força de expressão. A professora do Instituto de Saúde Mental de Mannheim, na Alemanha, é uma das autoras do estudo que demonstrou, pela primeira vez, o papel determinante das tarefas rotineiras na saúde e no bem-estar.
Denida pelos pesquisadores como “atividades sem exercício”, essas tarefas incluem situações que demandam certo esforço – como andar até o metrô ou limpar casa –, porém não são tão exaustivas nem consomem tanto tempo quanto os exercícios físicos normais.
O estudo alemão trouxe ainda evidências de que, além de melhorar a qualidade de vida, essas pequenas atividades são especialmente benéficas para pessoas suscetíveis a transtornos psiquiátricos.
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Segundo o artigo publicado no periódico Science Advances, isso acontece por duas razões. Primeiro, a execução dessas tarefas aumenta a atenção e gera mais energia do corpo. Também foi constatado que as “atividades sem exercício” estimulam o funcionamento de uma parte do córtex cerebral chamada córtex cingulado subgenual. Essa região é responsável pela interação entre a atividade cotidiana e o bem-estar afetivo e participa do processo de regulação das emoções.
Os pesquisadores observaram ainda que mesmo o bem-estar sentido após a prática de exercícios normais seria, na verdade, um efeito das atividades rotineiras!