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Uso da medula óssea em lesão de cartilagem? Médico comenta estudo publicado sobre o tema

Artigo escrito pelo médico ortopedista e traumatologista, especialista em medicina regenerativa com o uso de célula tronco, Dr. Luiz Felipe Carvalho, explica estudo publicado na revista científica Ciência Latina

Uso da medula óssea em lesão de cartilagem? Médico comenta estudo publicado sobre o tema
Uso da medula óssea em lesão de cartilagem? Médico comenta estudo publicado sobre o tema – Luiz Felipe Carvalho (arquivo pessoal)

Você já ouviu falar sobre a utilização de medula óssea para tratar as lesões de cartilagem? Se sim ou não, hoje as dúvidas sobre esse assunto serão esclarecidas.

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Um estudo publicado pela revista científica Ciência Latina falou sobre como acontece procedimento. De acordo com o autor, a cartilagem possui os mesmos elementos teciduais do osso: as células, a matriz intercelular e um sistema de fibras arranjadas.

“Em adultos, a cartilagem localiza-se nas superfícies das articulações sinoviais (nas superfícies articulares da tíbia, do fêmur e na patela da articulação do joelho), nas paredes do tórax, laringe, traqueia, brônquios, nariz e orelhas, e como pequenas massas isoladas na base do crânio. Assim, em termos biomecânicos, a função da cartilagem é associada à sua localização.”

Para entender como a medula óssea PODE ser usada, o artigo mostra que, a cartilagem nas extremidades dos ossos longos providencia deslizamento para as superfícies articulares, e serve como uma superfície suporte dos carregamentos normais impostos à estrutura musculoesquelética, além de atuar como meio de absorção de impactos. Assim, sua presença passa a ser vital para a manutenção do movimento normal da articulação, e sua degradação é um ponto chave para as doenças degenerativas, tais como a osteoartrite.

A perda de tecido devido a defeitos congênitos, processos patológicos ou traumas estimulou a busca por tecnologias alternativas, com objetivo de reparo ou substituição de tecidos ou órgãos danificados, o que demonstrou-se como justificativa e problemática da presente pesquisa, tendo em vista que ano após ano, o número de pacientes que demonstram algum tipo de lesão de cartilagem cresce, demonstrando a necessidade de manutenção dos tratamentos até então utilizados, passando-se para uma abordagem preventiva, isto é, buscar prevenção as causas de lesões por meio de métodos alternativos.

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MEDULA ÓSSEA EM LESÃO DE CARTILAGEM: CONCLUSÃO DO ESTUDO

O estudo concluiu que “o aspirado de medula óssea surge como terapia celular inovadora, já que sua técnica é simples, tem baixa morbidade e fornece células-tronco mesenquimais, as quais vão atuar no reparo tecidual da articulação”, diz trecho.

O autor concluiu que ainda não é possível um tratamento que vise a recuperação completa da cartilagem, tendo em vista que a mesma não possui capacidade complexa de regeneração e ainda que assim fosse, não tornaria sua capacidade plena de funcionamento, ante suas características e funções primárias estabelecidas desde sua formação.

No entanto, “em procedimentos reconstrutivos de tecido cartilaginoso, o principal objetivo é manter as propriedades tridimensionais da matriz. Assim, deve-se priorizar a manutenção de forma e tamanho da matriz por meio de suportes temporários ou permanentes, além de providenciar sustentação estrutural, mecânica e biológica para as células, permitindo remodelamento adequado”.

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O artigo foi escrito pelo médico ortopedista e traumatologista, especialista em cirurgia da coluna vertebral, medicina regenerativa com o uso de célula tronco, Dr. Luiz Felipe Carvalho, que também é Membro da comissão científica do Blanc Hospital, Porto Alegre e São Paulo.

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Sobre o Dr. Luiz Felipe Carvalho

Dr. Luiz Felipe Carvalho é ortopedista especialista em coluna vertebral e medicina regenerativa. Já tratou grandes atletas como o tenista uruguaio Pablo Cuevas, o jogador de futebol Rodrigo Dourado e o Ferreirinha do Grêmio.

O Gaúcho possui um profundo conhecimento sobre os modernos procedimentos cirúrgicos da coluna vertebral e também trabalha com técnicas minimamente invasivas. É diplomado pela Academia Americana de Medicina Regenerativa (AABRM), e pelo grupo Latino Americano ORTHOREGEN. Atualmente está estruturando o serviço de Medicina Regenerativa no Blanc Hospital em São Paulo.