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Sedentarismo, inatividade física e ansiedade são as principais comorbidades ligadas à asma

Estudo comprovou que a prática regular de atividades físicas é um fator protetor para a hospitalização por esse problema

Sedentarismo, inatividade física e ansiedade são as principais comorbidades ligadas à asma – Freepik

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de trezentas milhões de pessoas sofrem com asma, sabia?

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Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em parceria com a Universidade de Newcastle (Austrália), registrou, pela primeira vez, as comorbidades ligadas à doença. Dentre elas, inatividade física, sedentarismo e ansiedade se destacam como as principais.

COMO A PESQUISA FOI FEITA?

Para chegar aos resultados, a pesquisa envolveu duzentos e sessenta e nove pacientes com asma moderada e grave, sendo duzentos e quarenta e três do Brasil e cinquenta e três da Austrália. Os participantes eram, em sua maioria, do sexo feminino, com sobrepeso, baixa atividade física, alto tempo de sedentarismo e leve obstrução das vias aéreas. Dentre os participantes, 68% tinham asma não controlada e 64% experimentaram — pelo menos — uma crise, nos últimos doze meses.

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A partir disso, quinze comorbidades foram identificadas: osteoporose, disfunção das cordas vocais, dislipidemia, doença intestinal, hipotireoidismo, diabete, dermatite, síndrome da apneia obstrutiva do sono, sinusite, comprometimento musculoesquelético, distúrbio psicológico, hipertensão, obesidade, doença do refluxo gastroesofágico e rinite. As seis últimas foram as comorbidades prevalentes.

O estudo mostrou que 98% dos participantes tinham pelo menos uma comorbidade e 50% tinham mais de três delas. Assim, os pesquisadores conseguiram classificá-los em quatro grupos, ou fenótipos.

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CONCLUSÃO 

De maneira geral, o que se viu foi que traços mais elevados de sedentarismo, o sexo feminino, obesidade e sintomas de ansiedade foram associados a maiores chances de risco de crises de asma. O estudo comprovou ainda que a prática regular de atividades físicas é um fator protetor para a hospitalização por esse problema.

Lembrando que inatividade física difere de sedentarismo, pois enquanto o primeiro termo se caracteriza por uma ausência total de exercícios físicos, o segundo se refere a pessoas que passam grande parte do tempo sentadas.

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E, essas conclusões fazem parte dos estudos Identification of asthma phenotypes based on extrapulmonary treatable traits, publicado pelo European Respiratory Journal, sendo um trabalho que abre perspectivas para o desenvolvimento de tratamentos que não levem em conta apenas a parte respiratória da doença, podendo envolver uma equipe multiprofissional para atingir o bem-estar do paciente.

A pesquisa foi pioneira em identificar grupos com base em características tratáveis extrapulmonares em pessoas com asma moderada a grave.

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