De acordo com a pediatra Vanessa Mouawad, é possível levar o pediatra para o parto e ter a presença destes profissionais neste momento pode fazer toda a diferença
Quando uma mulher descobre que vai ser mãe, logo aciona um obstetra para acompanhar a gestação. Mas, pouquíssimas se empenham em procurar um pediatra antes de dar à luz. É uma pena, pois o que a maioria não sabe que desde 1993 é obrigatório que haja um especialista dessa área presente na sala de parto.
Isso porque, o obstetra é responsável pela saúde do bebê enquanto ele está dentro da barriga da mãe. Imediatamente após o nascimento, a responsabilidade passa a ser exclusiva do pediatra. É ele que vai atribuir notas ao pequeno a partir da chamada Escala de Apgar, que avalia seu estado geral e vitalidade, acompanhará a evolução durante a estadia na maternidade e concederá a alta quando ele estiver preparado para ir para casa.
Além disso, os primeiros 60 segundos de vida são fundamentais para que o organismo da criança se adapte ao funcionamento sem a placenta. E ainda podem ocorrer problemas.
“As estatísticas mostram que um em cada dez bebês precisa de ajuda para respirar logo após o nascimento, um em cada cem necessita de intubação e um em cada mil exige a utilização de drogas, como a adrenalina, e massagem cardíaca por isso é essencial que estejamos de prontidão nesse momento”, diz a pediatra e neonatologista Vanessa Mouawad, que faz parte do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e Pro Matre, em São Paulo.
E se o pediatra nenonatologista, aquele que além de cuidar das crianças estuda para atuar na atenção específica dos recém-nascidos até os 28 dias de idade e dos bebês que necessitam de cuidados intensivos, como os prematuros, for escolhido pela mãe antes de chegar o momento de se dirigir à sala de parto, melhor.
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Além de ser uma pessoa conhecida e de confiança por perto nesse momento que sempre provoca apreensão, ele dá uma atenção diferenciada também a todo o processo que acontece antes e depois do pequeno chegar ao mundo.
“Ele pode ser acionado desde a 32ª semana de gestação para orientar a mulher sobre os cuidados que ela precisa ter, acompanhar a gravidez, pedir exames específicos se achar necessário, o que muitas vezes pode evitar que eles tenham que ser feitos no bebê, orientar com a amamentação e até ajudar na hora das compras relacionadas ao bebê, mostrando o que está faltando na sua lista e o que de fato é importante que ela tenha”, conta Vanessa.
