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População nos grupos prioritários de vacinação em cada estado varia entre 24% e 41% dos habitantes, diz estudo

Com a escassez de doses de vacina já entregues aos governos, a logística de como alcançar mais rápido as pessoas vulneráveis a desenvolverem um quadro grave da doença se tornou o grande desafio

População nos grupos prioritários de vacinação em cada estado varia entre 24% e 41% dos habitantes, diz estudo – Pexels

Um levantamento da ONG Impulso Gov, que atua auxiliando gestores municipais e estaduais na análise de dados para a implementação de políticas públicas, estimou que a população de cada estado que está dentro dos grupos considerados prioritários pelo Ministério da Saúde na vacinação contra a Covid-19 varia entre 24,5%, caso do Amapá, e 41,1%, situação do Rio Grande do Sul.

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Com o início da campanha de vacinação e a escassez de doses de vacina já entregues aos governos, a logística de como alcançar o mais rápido possível as pessoas mais vulneráveis a desenvolverem um quadro grave da doença se tornou o grande desafio, explicou Carlos Lula, secretário de Saúde do Maranhão e presidente do Conselho Nacional de Secretarias Estaduais de Saúde (Conass).

“O problema maior é a escassez de doses”, afirmou Lula. “A briga entre o grupo prioritário, a necessidade de outras pessoas entrarem como prioritário ou não, essa disputa para tentar vacinar o mais rápido possível todo mundo até 60 anos, tudo isso se dá tão somente porque temos poucas doses.”

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Além do cálculo de quantas pessoas estão em cada um dos grupos que começam a receber doses, o presidente do Conass diz que fazer as doses, que estão sendo entregues aos estados aos poucos e, por isso, também chegam em lotes pequenos a cada município.

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“O que eu levava três semanas para distribuir por via terrestre a gente tenta fazer no máximo três dias por via aérea. Isso tem se repetido em todos os estados”, disse o presidente do Conass.

ESTIMATIVA

E, a estimativa oficial do Plano Nacional de Imunização (PNI), do governo federal, é de que cerca de setenta e sete milhões de brasileiros estejam entre os grupos prioritários, ou seja, os que estão tendo o início da vacinação aberto desde janeiro. Cerca de sete milhões deles estavam nos quatro grupos prioritários que começaram a receber doses ainda no primeiro mês da campanha.

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Já nas estimativas da ONG Impulso Gov, esse número é um pouco mais baixo, de setenta e três milhões. Os especialistas por trás do estudo, que cruzou uma série de bases de dados oficiais públicas e outras obtidas com base na Lei de Acesso à Informação, explicaram que o cálculo oficial pode ter sido mais conservador para evitar faltar doses às pessoas mais vulneráveis.