Após a morte cerebral de dois pacientes nos Estados Unidos, pesquisadores norte-americanos da NYU Langone Health realizaram um transplante de coração de porco nos corpos. No anúncio, os pesquisadores explicaram que o procedimento faz parte de um estudo para um melhor entendimento sobre a utilização de órgãos animais em humanos.
Chamado de xenotransplante, um comunicado da NYU Langone Health destacou que os corações de porcos foram geneticamente modificados para a análise. Essas alterações tiveram o objetivo de evitar rejeição e um crescimento anormal do órgão, além do estímulo de proteínas que regulam vias biológicas importantes. Os transplantes foram realizados nos dias 19 de junho e 9 de julho.
CORAÇÃO DE PORCO TRANSPLANTADO NÃO APRESENTOU REJEIÇÃO PRECOCE DO ORGANISMO
Uma boa notícia é que os corações de porcos não foram rejeitos precocemente, e os cientistas destacaram normalidade no funcionamento dos órgãos. Ainda, com uma análise rigorosa sobre doenças infecciosas, não foi detectado o vírus citomegalovírus suíno (pCMV) nos dois procedimentos realizados nos falecidos.
“Nosso objetivo é integrar as práticas usadas em um transplante cardíaco típico e cotidiano, apenas com um órgão não humano que funcionará normalmente sem ajuda adicional de dispositivos ou medicamentos não testados”, comunicou o diretor cirúrgico de transplante de coração do Instituto de Transplantes Langone da NYU, Nader Moazami.