Apesar de atingir cerca de 80% das mulheres, pouco ainda se fala, e por isso existem muitas dúvidas, sobre miomas uterinos. Além disso, há uma dificuldades de identificá-los, uma vez que eles não apresentam sintomas muito evidentes, mas ainda assim requerem tratamento.
Por isso, o ginecologista César Patez explica o que são os miomas e ainda esclarece as principais dívidas das pacientes diagnosticadas ou daqueles que suspeitam ter a condição.
Miomas uterinos: o que são? São um tipo de câncer? Devo tratar?
O que são miomas e onde estão localizados?
Os miomas são tumores benignos do útero, originados de uma única célula. Ele, portanto, pode se localizar na serosa do útero (subseroso), na espessura muscular (intramural) e na cavidade endometrial (submucoso). Além disso, no canal cervical (parturição) e entre as tubas uterinas e o ligamento ovariano (intraligamentares).
Miomas são um tipo de câncer?
Não, como citado, o mioma é um tumor benigno; ou seja, muito raro a chance de se tornar câncer. No entanto, deve-se atentar em casos quando ele cresce muito rápido e em período curto de tempo.
Como surgem os miomas? Podemos evitá-los?
Ainda não se sabe sua causa. No entanto, sabe-se que ele se originou de uma única célula, influenciada por fatores hormonais. Além disso, eles tendem aparecer no período fértil da mulher e com uma incidência maior na raça negra e naquelas com casos genéticos. Ainda assim é importante buscar preveni-los, tendo uma alimentação saudável, praticando atividades física regulares e fazendo exames de rotina.
Quais são os sintomas dos miomas? Ele também pode causar infertilidade?
Os sintomas são variados, dependendo de seu tamanho, quantidade e topografia. Mas ele costuma causar menstruação irregular com aumento do fluxo, hemorragias, cólicas menstruais intensas, dores na relação sexual e sensação de estufamento abdominal. Apesar desses sintomas, ele geralmente não causa infertilidade, mas ainda depende do seu tamanho, quantidade e topografia.
Como diagnosticar os miomas?
Principalmente a partir de exame físico, em especial a ultrassonografia pélvica transvaginal.
Tem tratamento? É necessário cirurgia?
Existem muitas opções, desde a observação, uso de contraceptivos hormonais, DIUs hormonais, implantes subcutâneo e análogos de GnRH. Em casos mais graves, existe a cirurgia de histerectomia naquelas que já tem prole constituída, ou miomectomia, para aquelas que ainda desejam engravidar. A miomectomia, portanto, é minimamente invasiva, via laparoscópica ou assistida por robótica, causando pouca dor e tempo de internação, além do retorno rápido ao trabalho e menor uso de medicamentos.
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