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Medicina ortomolecular: o caminho mais saudável e confiante para o envelhecimento

Especialista explica formas de manter a beleza e vitalidade após os 60 anos

Saiba como envelhecer com saúde – Freepik

Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu? As mulheres, desde pequenas meninas, são doutrinadas a exaltar a beleza, competir por ela, usando ela. Uma infeliz realidade em qualquer país. No Brasil, um país tropical regado por praias e com influências de raça indígena, europeia e africana, existe uma pluralidade de belezas, de todos os tipos e formatos, mas uma característica sempre prevalece: a juventude. 

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Foi divulgado no final de 2019, pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que o percentual de procedimentos estéticos, a partir de 65 anos, passou de 5,4% para 6,6% entre 2016 e 2018. A princípio, o aumento pode parecer pequeno, mas revela um cenário em expansão: só entre idosos, são realizadas cerca de 80 mil cirurgias plásticas estéticas por ano. Isso mostra um aumento significativo da terceira idade em busca de um padrão estético mais jovial. Isso não é necessariamente uma coisa ruim, talvez apenas os motivos que levaram à essa decisão.

A geriatra e médica ortomolecular, Dra. Márcia Umbelino, fala um pouco sobre a questão do envelhecimento e o padrão estético: “Ser velho e parecer velho são duas coisas muito diferentes. Isso sempre foi um fato, a diferença é que, atualmente, existem mais conteúdos sensoriais que passam essa mensagem. A internet é a grande responsável. Antigamente, era muito comum a mulher aceitar e abraçar sua idade como velhice de uma forma acomodada, mudando suas vontades em detrimento de um número. É um pensamento obsoleto e nem faz bem para a saúde. Mulheres podem e devem seguir com as suas vidas da forma que quiserem. No ponto de vista médico, não há nada que possa impedir, por exemplo, a Vera Fischer, prestes a completar 70 anos, ou a Beth Faria com seus 79 anos, de serem símbolos sexuais, que celebram a vida, a festa e o trabalho. Existem limitações? Depende. Com o tratamento certo, qualquer limitação pode ser controlada ou até mesmo eliminada”.

Um desses tratamentos é a medicina ortomolecular. O tratamento ortomolecular enfatiza a suplementação das refeições para ajuste dos nutrientes faltantes ou em excesso em cada corpo. Desta forma, combina vitaminas, minerais, aminoácidos e enzimas para uma alimentação mais equilibrada e elimina os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento celular. Muito além de prevenir doenças e levar a perda de peso, o tratamento traz mais disposição para o indivíduo e ajuda a retardar o envelhecimento. Os resultados podem ser vistos no dia a dia quando aliados a mudanças no estilo de vida. 

“A medicina ortomolecular é muito ampla e complexa. Nós usamos suplementos, ingredientes ou certos produtos específicos para cada pessoa e cada aspecto. Quando falamos em envelhecimento, existem certos alimentos que podem ser usados. É necessário uma dieta rica em proteínas, pois os músculos começam a perder o seu vigor depois dos 40 anos. Ervilha é um ótimo alimento nessa questão. Já a carne vermelha, rica em proteínas. deve ser evitada em excesso, ela possui muita gordura saturada, isso acaba desenvolvendo problemas cardíacos. Refrigerantes nem pensar, eles aceleram o envelhecimento celular, então devem ser evitados a todo custo. Recomendo amendoim, rico em biotina, uma vitamina que fortalece a pele, unhas e cabelos. Mas a principal dica é aquela clássica, muita água. Não existe creme milagroso que salve uma pele ressecada. Água é vida para nossas células, ela ajuda na pele, nos bom funcionamento do ruim, na manutenção do sistema imunológico e na nossa memória, já que o cérebro é um dos órgãos com o maior composto líquido.”

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Sem dúvidas, a beleza é algo subjetivo. Não existe beleza certa ou errada, mas existem formas certas e erradas de alcançá-las. O mesmo vale para o envelhecimento. Envelhecer é um ato extraordinário, significada a vida em sua mais fervorosa forma. Os hábitos que levamos ao longo da vida refletem na forma que envelhecemos e na forma que nos olhamos no espelho. Com uma alimentação saudável e uma mente sã, podemos ser e sentir a melhor versão de nós mesmas. Sem o estereótipo artificial de plástico ou o de avó aposentada. Com o acompanhamento geriátrico correto, podemos e devemos ser aquilo que sempre fomos e desejamos ser. A velhice não é o final da vida, é apenas o ponto onde olhamos o espelho e dizemos: não existe versão mais bela de mim, eu sou e estou no meu melhor.