Um estudo da Universidade de York, na Inglaterra, mostrou alguns impactos da poluição de rios por conta de medicamentos. Dentre os remédios analisados, estavam: paracetamol, carbamazepina, para epilepsia, e metformina, para diabetes. Aliás, no estudo, os dois últimos fármacos foram detectados como os mais presentes nas amostras coletadas.
Foram recolhidas amostras de águas de mais de 258 rios de mais de 100 países, em que mais de um quarto dessas amostras tinham ingredientes farmacêuticos ativos em um nível inseguro para a vida aquática. O ambiente é impactado de uma maneira significativa, com medicamentos e resíduos descartados de maneira inconsciente.
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POLUIÇÃO DE MEDICAMENTOS EM RIOS: ANTIBIÓTICOS PODEM DESENCADEAR BACTÉRIAS MAIS RESISTENTES
Quando se fala de saúde ambiental, também se fala sobre a saúde dos seres vivos. Publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, o estudo aponta que a presença de antibióticos em rios pode acarretar algo preocupante: a criação de bactérias mais resistentes. Isso, consequentemente, enfraquece a ação de antibióticos existentes para o tratamento de diversas doenças.
“Normalmente, o que acontece é que usamos esses produtos químicos, eles produzem alguns efeitos desejados em nós, e depois deixam nossos corpos”, disse à BBC News, um dos autores do estudo, John Wilkinson. Com a análise, os pesquisadores destacaram que a poluição de rios por remédios classifica “uma ameaça global ao meio ambiente e à saúde global”. Os rios mais poluídos se encontram no Paquistão, na Bolívia e Etiópia.